sexta-feira, 10 de agosto de 2018

São Lourenço - 10 de Agosto

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HISTÓRIA DE SÃO LOURENÇO
Dia 10 de Agosto festejamos, a vida de santidade e martírio do Diácono que nem chicotes, algozes, chamas, tormentos e correntes puderam contra sua fé e amor ao Cristo. Lourenço, espanhol, natural de Huesca, foi um Diácono de bom humor que servia a Deus na Igreja de Roma durante meados do Século III.

Conta-nos a história que São Lourenço como primeiro dos Diáconos tinha grande amizade com o Papa Sisto II, tanto assim que ao vê-lo indo para o martírio falou: "Ó pai, aonde vais sem o teu filho? Tu que jamais ofereceste o sacrifício sem a assistência do teu Diácono, vais agora sozinho, para o martírio?". E o Papa respondeu: "Mais uns dias e te aguarda uma coroa mais bonita!". São Lourenço era também responsável pela administração dos bens da Igreja que sustentava muitos necessitados.

Diante da perseguição do Imperador Valeriano, o prefeito local exigiu de Lourenço os tesouros da Igreja, para isto o Santo Diácono pediu um prazo, o qual foi o suficiente para reunir no átrio os órfãos, os cegos, os coxos, as viúvas, os idosos... Todos os que a Igreja socorria, e no fim do prazo - com bom humor - disse: "Eis aqui os nossos tesouros, que nunca diminuem, e podem ser encontrados em toda parte".

Sentindo-se iludido, o prefeito sujeitou o santo a diversos tormentos, até colocá-lo sobre um braseiro ardente; São Lourenço que sofreu o martírio em 258, não parava de interceder por todos, e mesmo assim encontrou - no Espírito Santo - força para dizer no auge do sofrimento na grelha: "Vira-me que já estou bem assado deste lado".

Roma cristã venera o santo espanhol com a mesma veneração e respeito com que honra seus primeiros Apóstolos. Depois de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia romana.

O que foi Santo Estevão em Jerusalém, isso mesmo o foi São Lourenço em Roma.

São Lourenço, rogai por nós!

fonte: http://www.igrejasaolourenco.com.br/padroeiro.shtml 

São Pedro Julião Eymard - 2 de Agosto

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HISTÓRIA DE SÃO PEDRO JULIÃO EYMARD
Pedro Julião Eymard nasceu no norte da França, em Esère, no dia 4 de fevereiro de 1811, primeiro filho de um casal de simples comerciantes, profundamente religioso. Todos os dias, sua mãe levava-o à igreja, para receber a bênção eucarística. Assim, aos cinco anos de idade, despontou sua vocação religiosa e sacerdotal.

Mas encontrou a objeção do seu pai. Apesar de muito religioso, ele não concordou com a decisão do filho, porque precisava da sua ajuda no trabalho, para sustentar a casa. Além disto, não tinha condições de pagar as despesas dos estudos no seminário. Diante desses fatos, só lhe restava rezar muito enquanto trabalhava e, às escondidas, estudar o latim. Em 1834, conseguiu realizar o seu sonho, recebendo a ordenação sacerdotal na sua própria diocese de origem.

Após alguns anos no ministério pastoral, em 1839, padre Eymard entrou na recém-fundada Congregação dos Padres Maristas, em Lyon. Nesta Ordem permaneceu durante dezessete anos, chegando a ocupar altos cargos. Foi quando recebeu de Maria Santíssima a missão de fundar uma obra dedicada à adoração perpétua da eucaristia.

Aliás, padre Eymard já notava que havia um certo distanciamento do povo da Igreja. Algo precisava ser feito. Rezou muito, pediu conselhos aos superiores e para o próprio papa Pio IX. Entretanto, percebeu que por meio do Instituto dos Maristas não poderia executar o que era preciso. Deixou o Instituto e foi para Paris.

Lá, em 1856, com a ajuda do arcebispo de Paris, fundou a Congregação dos Padres do Santíssimo Sacramento. E, depois de três anos, a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento. Mais tarde, também fundou uma Ordem Terceira, em que leigos comprometem-se na adoração do Santíssimo Sacramento.

Padre Pedro Julião Eymard foi incansável, viajando por toda a França, para levar sua mensagem eucarística. Como seu legado, além da nova Ordem, deixou inúmeros escritos sobre a espiritualidade eucarística.

Muito doente, ele faleceu na sua cidade natal no dia 1º de agosto de 1868, com apenas cinqüenta e sete anos de idade. Beatificado pelo papa Pio XI em 1925, foi canonizado pelo papa João XXIII em 1962. Na ocasião, foi designado que a memória litúrgica de são Pedro Julião Eymard deve ser celebrada em 2 de agosto, um dia após o de sua morte.

São Pedro Julião Eymardn fundou a Congregação dos Padres do Santíssimo Sacramento e a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento.

fonte: paulinas.org.br 

terça-feira, 31 de julho de 2018

Santo Inácio de Loyola - 31 de Julho

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HISTÓRIA DE SANTO INÁCIO DE LOYOLA
Filho de uma rica família espanhola, Inácio de Loyola, o soldado que virou santo, trocou o sabre pela Bíblia e, com seus jovens seguidores da Companhia de Jesus, lutou até o fim da vida pela Igreja Católica.

Nascido em 1491 e pertencente a uma família nobre espanhola, Iñigo López de Loyola, como era chamado antes da conversão religiosa, viveu os primeiros 26 anos de sua vida com muita vaidade e ostentação. Era do exército espanhol e, numa batalha contra a França, foi gravemente ferido. Este foi o fim de sua carreira militar e o início de sua conversão.

Enquanto se recuperava no castelo de sua família, começou a ler alguns livros que falavam da vida de Cristo e histórias de santos. O fascínio foi instantâneo e, a partir daquele momento, Iñigo López abandonou as armas e converteu-se ao catolicismo. Sua vida passou a ser de penitências e orações, e sua intensa experiência resultou na obra "Exercícios Espirituais", manual para meditações com base em suas vivências místicas.

Com a vida religiosa, sentiu que era importante retomar os estudos e ingressou na universidade em Paris. Nessa época, atraiu para os seus ideais um grupo de estudantes, batizado de Companhia de Jesus. Reconhecidos pelo Papa, esses estudantes, liderados por Inácio de Loyola, fundaram a nova ordem religiosa em 1540.

Rapidamente espalharam-se pelo mundo no contexto da "guerra espiritual" entre católicos e protestantes, que começavam a ter uma forte influência na vida cultural da época.

No Brasil, os jesuítas tiveram um papel importante durante a colonização, deixando como herança diversas obras entre igrejas e colégios, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. A primeira missão da Companhia de Jesus chegou ao país durante os governos gerais, sob o comando do padre Manuel da Nóbrega. 

Estabelecidos no litoral, contribuíram para a expansão de Salvador e Rio de Janeiro e, em 1554, fundaram em Piratininga aquela que viria a ser a maior cidade da América Latina: São Paulo.

Outra causa assumida pelos jesuítas no Brasil foi a proteção dos índios contra as investidas dos colonizadores que pretendiam escravizá-los. No interior, eles também fundaram colégios, abriram estradas e estreitaram sua ligação com as nações indígenas, chegando até mesmo a aprender diferentes idiomas nativos. Nas escolas, eram responsáveis pela formação dos órfãos enviados de Lisboa e dos curumins (crianças indígenas).

Além da educação, os jesuítas tiveram grande influência na arquitetura, nas artes, na medicina, no ensino de ofícios, na indústria de laticínos, no cultivo de cana-de-açúcar e de numerosas plantas européias e asiáticas como uva, cidra, limão, figo, legumes, algodão e trigo.

Em São Paulo, a ordem participou da fundação da Pontíficia Universidade Católica (PUC), com os padres beneditinos, e ainda hoje dirige colégios e faculdades como o São Luís, o São Francisco Xavier e a Faculdade de Engenharia Industrial (FEl). 

Inácio de Loyola morreu em 31 de julho de 1556, aos 65 anos. Nessa data, os jesuítas lembram a sua memória e a missão da Companhia. 
fonte: http://www.santoinaciodeloyola.com.br

quarta-feira, 25 de julho de 2018

São Cristóvão - 25 de Julho

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HISTÓRIA DE SÃO CRISTÓVÃO
Seu nome era Relicto, por ser de coração maldoso recebeu o apelido de Kynokéfale (malvado). Filho primogênito de um rei caldeu, era um guerreiro forte e temido, seu grande sonho era servir ao rei mais poderoso do mundo. Chegou a servir ao imperador romano, inclusive na perseguição aos cristãos.

Com o passar do tempo observou que a cruz, símbolo dos cristãos, era um objeto de que os poderosos e privilegiados na sociedade fugiam, por sentirem que ela não combinava com seus interesses e estilo de vida. "Ora, se os poderosos fogem da cruz, logo ela tem mais poder que eles"- pensou. Isso fez com que Cristóvão saísse à procura do rei em cujo escudo figurasse o símbolo da cruz. No seu pensamento, só seria de fato poderoso quem não fugisse da cruz.

Na procura desesperada desse tal rei, enquanto descansava à beira de um rio, acabou se encontrando com um velho eremita cristão que ali morava. No diálogo, Cristóvão contou a ele suas intenções e o motivo da procura. O velho, fazendo brilhar-lhe os olhos de esperança, afirmou que conhecia o rei que Cristóvão procurava.

Enquanto conversavam, chegou uma caravana para atravessar para o outro lado do rio. Mas não havia ponte, a travessia era perigosa, o eremita sugeriu a Cristóvão que com sua força e ajudasse àquelas pessoas levando-as nos ombros. Cristóvão, estranhando de início, acabou acatando a sugestão atravessando uma por uma as pessoas. Assim que terminou a tarefa, uma criança apareceu na outra margem acenando que queria ser também ajudada.

Sem perda de tempo Cristóvão ajeitou a criança nos ombros iniciando a travessia. Ela, na sua simplicidade, expressando toda a alegria de ser ajudada, teceu inúmeros elogios a Cristóvão, despertando nele imensa satisfação em estar praticando tal ato, amolecendo seu coração.

As coisas começam a mudar, de homem mau, prepotente, cheio de vaidade e orgulho, se vê de repente a serviço de uma simples criança. Foi a gota d'água para sua conversão, o verdadeiro e tão procurado sentido para sua vida.

Voltando a falar com o velho eremita, concluiu que naquela criança estava de fato o rei mais poderoso do mundo, que era Jesus, levando-o a se converter imediatamente ao cristianismo.

Sabendo da conversão, Décio, imperador romano, o perseguiu. E, não encontrando sucesso ante a resistência de Cristóvão em negar a fé crista, ordenou que ele fosse flagelado, morto e decapitado.

fonte: Paróquia de São Cristóvão http://www.paroquiasaocristovao.com/ 

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Nossa Senhora do Carmo - 16 de Julho

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HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA DO CARMO
No dia 16 de julho, celebra-se na Igreja Católica, a memória de Nossa Senhora do Carmo, um título da  Virgem Maria que remonta ao século XIII, quando, no monte Carmelo, Palestina, começou a formar-se um grupo de eremitas. Estes, querendo imitar o exemplo do profeta Elias, reuniram-se ao redor de uma fonte chamada "fonte de Elias", e iniciaram um estilo de vida que, mais tarde, se estenderia ao mundo todo. Devido ao lugar onde nasceu, este grupo de ex-cruzados e eremitas foi chamado de "carmelitas". A história nos assegura que os eremitas construíram também uma pequena capela dedicada à Nossa Senhora que, mais tarde, e pela mesma circunstância de lugar, seria chamada de "Nossa Senhora do Carmo" ou " Nossa Senhora do Carmelo". Os carmelitas viram-se obrigados a emigrar para a Europa, para continuar a própria vida religiosa e lutar por seu espaço entre as várias ordens mendicantes. O título de Nossa Senhora do Carmo está unido ao "símbolo do escapulário".

A presença de Maria com o nome de Nossa Senhora do Carmo foi se espalhando por toda a Europa, e esta devoção foi levada para a América Latina, na primeira hora da evangelização. É difícil encontrar uma diocese latino-americana que não tenha, pelo menos, uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Carmo. Não somente são igrejas matrizes ou catedrais dedicadas a Maria, sob o título de Nossa Senhora do Carmo, mas também lugarejos, capelas, oratórios etc. Isso prova como esta devoção saiu dos âmbitos restritos dos conventos carmelitanos e se tornou propriedade do povo e da Igreja Universal, como diz o Papa João Paulo II, em sua carta dirigida aos Superiores Gerais do "Carmelo da Antiga Observância e do Carmelo Descalço".

Esta devoção, enraizada no coração do povo, está sendo resgatada, e os devotos de Nossa Senhora do Carmo aumentam cada vez mais.

Texto: Cônego Pedro Carlos Cipolini - Doutor em Teologia (Mariologia); professor titular da PUC–Campinas; membro da Academia Marial de Aparecida


16 de julho Nossa Senhora do Carmo (memória facultativa)

A festa da Padroeira da Ordem Carmelita foi, inicialmente, a da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria, a 15 de agosto. Entretanto, entre 1376 e 1386, surgiu o costume de celebrar uma festa especial em honra de Nossa Senhora, para comemorar a  aprovação da regra pelo Papa Honório III, em 1226. Esse costume parece ter-se originado na Inglaterra. E a observância da festa foi fixada para o dia 16 de julho, que é também a data em que, segundo a tradição carmelita, Nossa  Senhora apareceu a São Simão Stock e lhe entregou o escapulário. No início do século XVII, ela se transformou em definitivo na “festa do escapulário”, e logo começou a ser celebrada também fora da Ordem e, em 1726,  espalhou-se por toda a Igreja do Ocidente, por obra do Papa Bento XIII. No próprio da missa, o dia não se faz menção do escapulário ou da visão que teve São Simão; porém, ambos os fatos são mencionados nas leituras do segundo noturno das Matinas. E o escapulário de Nossa Senhora é mencionado no prefácio especial usado pelos carmelitas, nesta festa.

A ordem dos carmelitas, uma das mais antigas na história da Igreja, embora considere o profeta Elias como o seu patriarca modelo, não tem um verdadeiro fundador, mas tem um grande amor: o culto a Maria, honrada como a Bem-Aventurada Virgem do Carmo. “O Carmo – disse o cardeal Piazza, carmelita – existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua História, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual”. Elias e Maria estão unidos numa narração que tem sabor de lenda. Refere o livro das instituições dos primeiros monges: “Em  lembrança da visão que mostrou ao profeta a vinda desta Virgem sob a figura de uma pequena nuvem que saia da terra e se dirigia para o Carmelo (cf. 1Rs 18,20-45), os monges, no ano 93 da Encarnação do Filho de Deus, destruíram sua antiga casa e construíram uma capela sobre o monte Carmelo,  na Palestina, perto da fonte de Elias em honra desta primeira Virgem voltada a Deus.

Expulsos pelos sarracenos no século XII, os monges que haviam entretanto recebido do patriarca de Jerusalém, santo Alberto, uma regra aprovada em 1226 pelo Papa Honório III, se voltaram ao Ocidente, e aí  na Europa fundaram vários mosteiros, superando várias dificuldades, nas quais, porém, puderam experimentar a proteção da Virgem. Um episódio em particular sensibilizou os  devotos: “Os irmãos suplicavam humildemente a Maria que os livrasse das  insídias infernais. A um deles, Simão Stock, enquanto assim rezava, a Mãe de Deus apareceu acompanhada de uma multidão de anjos, segurando nas mãos o escapulário da ordem e lhe disse: Eis o privilégio que dou a ti e a todos os filhos do Carmelo: todo o que for revestido deste hábito será salvo”.

Os  críticos consideram espúria, isto é, não autêntica, a bula de João XXIII em que se fala deste privilégio sabatino de ficar livres do inferno e do purgatório no primeiro sábado após a morte, mas muitos papas têm falado disso em sentido positivo. Numa bula de 11 de fevereiro de 1950, Pio XII convidava a “colocar em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o escapulário que está ao alcance de todos”: entendido como veste Mariana, esse é de fato um ótimo símbolo da proteção da Mãe celeste; enquanto sacramental, extrai o seu valor das orações da Igreja e da confiança e amor daqueles que o usam.

fonte: http://www.basilicadocarmocampinas.org.br/devocao_historia.htm 

sábado, 14 de julho de 2018

Santa Catarina Tekakwitha - 14 de Julho

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HISTÓRIA DA BEATA CATARINA TEKAKWITHA
Kateri Tekakwitha, para nós Catarina, foi a primeira americana pele-vermelha a ter sua santidade reconhecida pela Igreja. Ela nasceu no ano de 1656, perto da cidade de Port Orange, no Canadá. Seu pai era o chefe indígena da nação Mohawks, um pagão. Enquanto sua mãe era uma índia cristã, catequizada pelos jesuítas, que fora raptada e levada para outra tribo, onde teve de unir-se a esse chefe. Não pôde batizar a filha com nome da santa de sua devoção, mas era só por ele que a chamava: Catarina. O costume indígena determina que o chefe escolha o nome de todas as crianças de sua nação. Por isso seu pai escolheu Tekakwitha, que significa "aquela que coloca as coisas nos lugares", mostrando que ambas, consideradas estrangeiras, haviam sido totalmente aceitas por seu povo.

Viveu com os pais até os quatro anos, quando ficou órfã. Na ocasião, sobreviveu a uma epidemia de varíola, porém ficou parcialmente cega, com o rosto desfigurado pelas marcas da doença e a saúde enfraquecida por toda a vida. O novo chefe, que era seu tio, acolheu-a e ela passou a ajudar a tia no cuidado da casa. Na residência pagã, sofreu pressões e foi muito maltratada.

Catarina, que havia sido catequizada pela mãe, amava Jesus e obedecia à moral cristã, rezando regularmente. Era vista contando as histórias de Jesus para as crianças e os idosos, que ficavam ao seu lado enquanto tecia, trabalho que executava apesar da pouca visão. Em 1675, soube que jesuítas estavam na região. Desejando ser batizada, foi ao encontro deles. Recebeu o sacramento um ano depois, e o nome de Catarina Tekakwitha. Devido à sua fé, era hostilizada, porque rejeitava as propostas de casamentos. Por tal motivo, seu tio, cada vez mais, a ameaçava com uma união. Quando a situação ficou insustentável, ela fugiu.

Procurou a Missão dos jesuítas de São Francisco Xavier, em Sault, perto de Montreal, onde foi acolhida e recebeu a primeira comunhão, dando um exemplo de extraordinária piedade.

Sempre discreta, recolhia-se por longos períodos na floresta, onde, junto a uma cruz que ela havia traçado na casca de uma árvore, ficava em oração. Sem, entretanto, descuidar-se das funções religiosas, do serviço da comunidade e da família que a hospedava. Em 1679, fez voto perpétuo de castidade, expressando o desejo de fundar um convento só para moças indígenas, mas seu guia espiritual não permitiu, em razão da sua delicada saúde.

Aos vinte e quatro anos, ela morreu no dia 17 de abril de 1680.

Momentos antes de morrer, o seu rosto desfigurado, tornou-se bonito e sem marcas, milagre presenciado pelos jesuítas e algumas pessoas que a assistiam. O milagre e a fama de suas virtudes espalhou-se rapidamente e possibilitou a conversão de muitos irmãos de sua raça. Catarina, que amou, viveu e conservou o seu cristianismo só com a ajuda da graça, por muitos anos, tornou-se conhecida em todas as nações indígenas como "o lírio dos Mohawks", que intercedia por seus pedidos de graças.

A sua existência curta e pura, como esta flor, conseguiu o que havia almejado: que as nações indígenas dos Estados Unidos e do Canadá conhecessem e vivessem a Paixão de Jesus Cristo.

O papa João Paulo II nomeou-a padroeira da 17a Jornada Mundial da Juventude realizada no Canadá, em 2002, quando a beatificou. Ao lado de são Francisco de Assis, a bem-aventurada Catarina Tekakwitha foi honrada pela Igreja com o título de "Padroeira da Ecologia e do Meio Ambiente". Sua festa ocorre no dia 14 de julho.

fonte: http://www.paulinas.org.br

DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II AOS PEREGRINOS PELES-VERMELHAS DA AMÉRICA DO NORTE POR OCASIÃO DA BEATIFICAÇÃO DA VIRGEM IROQUESA CATARINA TEKAKWITHA Terça-feira, 24 de Junho de 1980

Caros irmãos e irmãs em Cristo

É alegria para mim encontrar-me hoje com todos vós, representantes dos índios Norte-Americanos, do Canadá e dos Estados Unidos. Saúdo-vos na paz de Cristo, e por meio de vós desejo fazer chegar as minhas saudações a todos aqueles que vós representais, a todo o povo índio do vosso continente. Quando voltardes às vossas casas, por favor dizei às vossas famílias e amigos que o Papa os ama e invoca para eles alegria e fortaleza no Espírito Santo.

Vós fizestes esta longa viagem a Roma a fim de participar num momento especial da história do vosso povo. Viestes para alegrar-vos com a beatificação de Catarina Tekakwitha. É ocasião para vos deterdes e dar agradecimento a Deus pela cultura única e pela rica tradição humana que herdastes, e pelo maior dom que uma pessoa pode receber, o dom da fé. Na verdade, a Beata Catarina está diante de vós como símbolo do melhor da vossa herança na qualidade de índios da América do Norte.

Mas hoje é também dia de grande felicidade para a Igreja universal.

Todos nós somos inspirados pelo exemplo desta mulher jovem, mulher de fé, que morreu faz este ano três séculos. Somos todos edificados pela sua plena confiança na providência de Deus e somos animados pela sua alegre fidelidade ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Num sentido verdadeiro toda a Igreja, unida a vós, declara com as palavras de São Paulo: "Aquele que, pela virtude que opera em nós, pode fazer infinitamente mais do que tudo quanto podemos ou entendemos, a Ele seja dada glória na Igreja, e em Jesus Cristo, em todas as gerações, pelos séculos dos séculos" (Ef 3, 20-21).

A Igreja declarou ao mundo ser Catarina Tekakwitha Beata, ter ela vivido na terra uma vida de santidade exemplar e ser agora no céu membro da Comunhão dos Santos que intercedem continuamente junto do Pai misericordioso em nosso favor.

A sua beatificação recorda-nos que somos chamados à vida de santidade, porque no Baptismo chamou Deus cada um de nós "para ser santo e imaculado e viver em amor na Sua presença" (Ef 1, 4). Santidade de vida — união com Cristo por meio da oração e de obras de caridade — não é coisa reservada a poucos escolhidos entre os membros da Igreja.

É a vocação de todos.

Meus irmãos e irmãs, inspirai-vos e animai-vos com a vida da Beata Catarina. Olhai para ela procurando o exemplo de fidelidade; vede nela o modelo de pureza e de amor; recorrei a ela na oração pedindo auxílio. Deus vos abençoe como a abençoou a ela. Deus abençoe todos os Índios Norte-Americanos do Canadá e dos Estados Unidos.

fonte: http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/speeches/1980/june/documents/hf_jp-ii_spe_19800624_pellerossa_po.html 

São Camilo de Léllis - 14 de Julho

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HISTÓRIA DE SÃO CAMILO DE LELLIS
A história de São Camilo de Léllis é o exemplo acabado do mais profundo e radical amor pelos enfermos. Sua atuação sacudiu há quase quatro séculos, a consciência de um povo, e desde então, por meio de seus seguidores, os padres e irmãos camilianos, essa obra continua a dar conforto, apoio e paz aos que sofrem as dores da doença.

São Camilo é um exemplo de vida, como se verá no relato do livro de Monsenhor Ascânio Brandão. Com ele, reverenciamos São Camilo, no aniversário de sua morte, ocorrida em 14 de julho de 1614.

O Início

Esta história começa no dia 25 de maio de nas primeiras horas da manhã. Camila, mulher de 60 anos, ajoelhada, ora com devoção durante a consagração, quando sente dores fortes no ventre. Seu filho estava nascendo.

Voltou rapidamente para casa e por sugestão de uma amiga, inspirada em Jesus, quis que seu filho nascesse numa estrebaria.

Assim nasceu Camilo de Léllis, na cidadezinha de Bucchianico, Itália. O pai, João de Léllis, que já não contava ter filhos, exultava de alegria. Era um dos melhores capitães do imperador Carlos V e tinha de ter um herdeiro.

A mãe, apesar de felicíssima, era sempre assolada por um sonho que tivera durante a gravidez, no qual via uma criança trazendo uma cruz vermelha no peito, seguida por um bando de meninos. Seria mais um bando daqueles que infestavam a Itália naquela época?

Camilo, logo se viu, era uma criança terrível. Foi educado com todo o carinho, fez a primeira Comunhão e recebeu o sacramento da Crisma. Apesar das traquinagens, manifestava-se caridoso, amigo dos menos favorecidos e se entristecia ao ver pessoas do-entes. Camilo, é bom lembrar, era o nome dado pelos romanos aos que ajudavam os enfermos.

Vida torta, homem bom

A mãe morreu em 1563, pouco antes de completar 73 anos. O pai, então comandante da fortaleza de Pescara, ia muito pouco a Bucchianico. Levado e irriquieto, o pequeno Camilo, que era cuidado por estranhos, aproveitou a liberdade e daí a aprender a jogar foi um passo, vício que provocou, como se ve-rá, grandes infortúnios.

Nessa época, o século XVI, assistia-se na Europa à degradação dos costumes, da fé e da moral. Camilo foi à escola, que lhe fez muito bem, apesar das peraltices e da vadiagem. Muito inteligente, possuía excelente memória e era extremamente querido pelos colegas.

Às aulas ele resistiria até os 17 anos. Alto e forte, alistou-se em 1567 entre os soldados que os venezianos assalariavam na guerra contra os turcos. O pai retornará a Bucchiannico, decidiu acabar com o tédio e também resolveu lutar contra o Islamismo.

Na viagem até Veneza João de Léllis adoeceu e Camilo teve de voltar para casa. Nas vizinhanças do Santuário de Loreto o pai morreu.

Após a morte de João de Léllis nosso Camilo percebe uma ferida no peito do pé, chaga que marcaria todo o resto de sua vida. Não a tratou como devia e a arranhava constantemente. O resultado foi uma infecção que se perpetuou. Mais tarde, Camilo diria que as chagas o ajudaram a se converter e santificar.

A luta para mudar

Camilo, um dia, impressionou-se com a modéstia dos franciscanos e sentiu remorso da sua vida mundana e da jogatina. Bateu à porta do convento de S. Bernardino, em Águila, e contou ao padre Frei Paulo Loretano, seu tio materno, a vida torta que levava e o desejo de converter-se. O tio, talvez pela ferida que impediria a vida religiosa, ou por não acreditar na sinceridade do jovem, recusou-o.  

Resolveu ir até Roma para se tratar no Hospital de São Tiago, sob a condição de prestar serviços como auxiliar de enfermagem após o tratamento. Camilo poderia ter ficado lá para sempre, mas o gênio forte, as brigas com os enfermeiros e a jogatina acabaram fazendo com que fosse dispensado. Camilo, disseram então, era inepto para o ofício de enfermeiro.

Pura ironia, já que ele seria alguns anos mais tarde o exemplo acabado de enfermeiro, além de um inovador no campo hospitalar Corria o ano de 1569 e Camilo de Léllis beirava os 20 anos.

Expulso do Hospital de São Tiago, ele resolve alistar-se entre os militares a soldo de Veneza. A 11 de fevereiro de 1570 partiu para Zara. O jogo ainda o atormentava. No verão do ano seguinte é transferido para a unidade do exército sediada na ilha de Corfú, cenário no qual ocorreria a histórica batalha de Lepanto.

A suprema degradação

Uma terrível epidemia que assolava a região faz Camilo adoecer. Chegou a agonizar e a receber os últimos sacramentos. Como por milagre, ele recupera a saúde. No ano seguinte, 1572, de volta ao exército, quase perde a vida em Castelnuovo, durante o assalto dos turcos ao forte de Barbegno. Em 1573 alista-se durante pouco tempo no exército espanhol, ganha um bom dinheiro e mergulha novamente no inferno do jogo.

Degradou-se a ponto de mendicar. Em Nápoles, por onde perambulava, chegou a perder no jogo a própria camisa. A cada desgraça prometia converter-se, mudar de vida, mas o vício sempre falou mais alto.

Antonio Di Nicastro, um bom velho, compadeceu-se da triste situação daquele jovem alto e forte, ofereceu-lhe emprego numa fábrica de vinhos dos Capuchinhos, mas Camilo preferiu a vida de soldado.

Arrependeu-se mais uma vez. Abatido e desiludido retorna ao velho Antonio Di Nicastro. Acolhido com simpatia no Convento dos Capuchinhos, recebe um serviço humilhante: carregar água, pedra e cal.

Por duas vezes quis desistir A primeira: após quinze dias de trabalho pediu folga, recusada. A segunda, ao receber convite de um amigo para novas aventuras.

A conversão

Em 1575, durante uma missão de transporte de dinheiro e vinho ao Convento Castelo de São Giovanni, conversou demoradamente com Padre Angelo, guardião do convento. Pediu ao padre que orasse por ele. No dia seguinte, já rumando de volta, teve tempo e paisagem para meditar. Desce do cavalo e põe-se a chorar e a bradar contra sua cegueira de não ter conhecido Deus e seus divinos caminhos.

Camilo de Léllis indicou esse dia, 2 de fevereiro de 1575, como a data de sua conversão. Contaria mais tarde que chorou muito ao pé de uma árvore, pedindo a Deus tantas lágrimas quantas fossem necessárias para lavar seus pecados.

Ao retornar para o convento dos Capuchinhos, rogou para ingressar na Ordem. Queria vestir o hábito. Pouco tempo depois veio a autorização. Camilo julgou-se o homem mais feliz do mundo. Mas a chaga do pé atrapalhou-o novamente. Foi dispensado com a promessa de ser recebido como noviço, caso se curasse.

Surge o anjo da caridade

Na cidade de Roma, Camilo procura abrigo e tratamento no Hospital São Giácomo. Queria curar-se e prestar auxílio aos doentes, como fizera antes. Camilo logo entendeu que fora chamado pelo Senhor - estava em um dos maiores hospitais da Itália, com cerca de duzentos doentes, mas os enfermeiros não tinham paciência nem caridade.

No Hospital São Giácomo, Camilo conheceu o Padre Filipe Neri, que o aconselhou a continuar no hospital. Décadas depois o padre Filipe seria canonizado.

Camilo era um anjo da caridade, cuidava mais dos doentes que de si mesmo. Ficou quatro anos no hospital, de 1575 a 1579. Com a chaga curada, retomou o velho sonho de voltar aos Capuchinhos.

Retorna aos Capuchinhos e torna-se então, aos 29 anos, Frei Cristovão. Durou pouco a alegria do noviciado, pois a chaga abriu-se novamente. Abalado e triste Camilo percebeu então que os desígnios de Deus queriam-no de volta ao tratamento dos enfermos.

Foi recebido com festa por todos os diretores e enfermos do Hospital São Giácomo, em Roma. O salário que deveria receber era doado integralmente em benefício do próprio hospital. Com o mordomo do hospital de licença, Camilo foi convidado para o cargo. Afinal, era administrador de raros dotes e tinha a certeza de que, além praticar a enfermagem, faria uma "limpeza" na má conduta da maioria dos funcionários. O exemplo de Camilo logo se espalhou e o dia-a-dia do hospital mudou.

A conversa com Jesus

O que fizermos aos enfermos, estaremos fazendo a Deus, dizia sempre. Ele não compreendia como as outras pessoas não podiam cuidar dos enfermos como se fossem seus filhos, ou irmãos.

Apesar de o hospital ter uma capela, Camilo resolve, com a ajuda de amigos, montar um pequeno templo num dos quartos. Prepararam um altar e ali colocam um crucifixo. A idéia era ter um grupo, que além da determinação e caridade, tomasse o trabalho no hospital como obra de Deus.

Intrigas de um funcionário fazem com que o diretor proíba o oratório. Quando Camilo e seus seguidores vão ao quarto para desmontá-lo encontram tudo destroçado, inclusive o crucifixo jogado num canto.

Naquela noite, adormeceu ao lado do crucifixo e pareceu-lhe ver a cabeça de Jesus mover-se e dizer: "Não temas, caminha sempre avante, eu te ajudarei e hei de estar sempre contigo".

Acorda assustado, sente uma paz profunda e revigorado decide enfrentar qualquer obstáculo pelo caminho iniciado. Mesmo desconfiado da visão, afinal estava sonolento, conta aos companheiros e anima-os a continuar a obra, fazendo as reuniões na Capela do hospital.

Aflito com a dúvida da visão, Camilo se põe ao pé do crucifixo e ora ardentemente. Nesse momento se dá, segundo o relato de Camilo, um milagre: Jesus solta uma das mãos da cruz, abraça-o e diz: "De que te afliges? Continua que eu te ajudarei! Esta obra é minha e não tua!"

A cruz vermelha

A cruz vermelha, símbolo dos Camilianos, surgiu em 1586, aprovada pelo Papa Sisto V e logo tornou-se marca de auxílio médico. O sucesso da nova Ordem religiosa era tamanho que logo surgiram filas de candidatos ao noviciado.

Vários casos de tratamento a enfermos, em relação aos quais ninguém chegaria próximo, foram relatados, o que transmitia ao mundo a coragem e a certeza de que os Camilianos eram apoiados pelas Mãos Divinas.

Não foram poucos também os casos de intrigas familiares com relação às muitas heranças que homens de poder, prestígio e dinheiro deixaram para a Ordem. Camilo sempre dizia aos advogados que a defendiam: "Se for este o caminho que o Senhor encontrou para nos ajudar, e ganharmos a causa, eu ficarei feliz. Também ficarei feliz se não ganharmos, pois terei a certeza que se tratava de uma injustiça e que o Senhor nunca nos faltará." Nunca faltava dinheiro para a Ordem.

Em 1595, pela primeira vez durante uma guerra, o Papa Clemente VIII convidou Camilo e seus filhos para dar assistência espiritual e médica aos soldados. Era evidente o alívio dos soldados quando avistavam a Cruz Vermelha nos hábitos dos padres camilianos.

Sofreu como um doente

Camilo sofreu tanto quanto os seus mais agonizantes enfermos. Foram cinco as misericórdias de Camilo de Léllis, como ele mesmo costumava chamar as suas doenças: a chaga do pé, que o acompanhou por toda a vida; uma hérnia ingüinal que o incomodou durante 38 anos; dois calos enormes na planta dos pés; agudas cólicas renais durante dez anos; e um fastio (rejeição alimentar), que lhe incomodou até seus últimos dias.

A opinião dos médicos a respeito de Camilo era unânime: com todos os problemas, esse homem deveria ter vivido mais de dois terços de sua vida em leitos hospitalares.

Por volta de 1606, cansado e sentindo que aquele seria o momento de retirar-se, Camilo pede renúncia do cargo de diretor-geral da Ordem, deixando quinze casas fundadas, oito hospitais, 242 religiosos professores e 80 noviços. Seus "filhos" seriam ainda em maior número, não fosse a morte de 170 durante as cruzadas.

Mesmo tendo em seu círculo de amizades autoridades do clero, do governo e da alta sociedade, quis desempenhar as tarefas mais humildes.
Perto do fim

Nos primeiros dias de julho de 1614, já no seu leito de morte, recebeu o viático (última comunhão antes da morte) e deixou as seguintes recomendações:

"Observai bem as regras. Haja entre vós uma grande união e muito amor. Amai, e muito, a nossa Ordem, e dedicai-vos ao apostolado dos enfermos. Trabalhai com muita alegria nesta vinha do Senhor

Se Deus me levar para o Céu, vos hei de ajudar muito de lá. As perseguições que sofreu nossa obra vieram do ódio que o demonio tem ao ver quantas almas lhe escaparam pelas garras. E já que Deus se serviu de mim, vilíssimo pecador para fundar miraculosamente esta Ordem, Ele há de propagá-las para o bem de muitas almas pelo mundo inteiro.

Meus padres e queridos irmãos: eu peço misericórdia a Deus e perdão ao padre Geral aqui presente e a todos vós, de todo mau exemplo que eu pudesse ter dado, talvez mais pela minha ignorância, do que pela má vontade. Enfim, eu vos concedo da parte de Deus, como vosso Pai, em nome da Santíssima Trindade e da bem-aventurada Virgem Maria, a vós aqui presentes, aos ausentes e aos futuros, mil bênçãos".

Camilo de Léllis morreu no dia 14 de julho de 1614. Quando preparavam o corpo para o funeral, os médicos boquiabertos notaram que a chaga havia desaparecido. Multidões acompanharam o velório e o enterro.

Em 1746, durante uma festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, o Papa Bento XIV no dia 29 de junho, declara Santo o nome de Camilo de Léllis.

Em 1886, Leão XIII declarou São Camilo, juntamente com São João de Deus, Celestes protetores de todos os enfermos e hospitais do mundo católico.

fonte: http://www.recantosaocamilo.com.br