quarta-feira, 24 de agosto de 2016

24 de Agosto - São Bartolomeu

História de São Bartolomeu

São Bartolomeu Apóstolo foi um dos apóstolos de Jesus Cristo. Seu nome vem do aramaico, com uma referência patronímica: Bar Talmay - filho de Talmay. Há historiadores que também mantêm uma referência patronímica, mas dá outro significado para o nome: Bar Ptolomeu - Filho de Ptolomeu. Esta última hipótese não é inverossímil, visto que Ptolomeu (suposto pai de Bartolomeu) possuía um prenome grego, e a cultura grega tinha uma grande influência na Judéia da época.

Nenhuma narração bíblica lhe enfoca especialmente e seu nome consta apenas nas listas dos doze. No entanto, segundo a tradição, ele é o Natanael de que falam outras passagens, e isso fica evidente através da comparação entre os quatro Evangelhos. Natanael significa "Deus deu" - o significado desse nome fica claro levando-se em conta que ele vinha de Caná, onde deve ter testemunhado a ação de Jesus nas Bodas de Caná (Jo 2, 1-11).

Como narra a Bíblia, São Filipe comunicou a Natanael (São Bartolomeu) que havia encontrado o Messias, e que esse provinha de Nazaré, ao que Natanael responde dura e preconceituosamente: "De Nazaré pode vir alguma coisa boa?" (Jo 1, 46a). Essa observação é importante indicador das expectativas judaicais quanto à vinda do Messias, então tidas.

No seu primeiro encontro com Jesus, recebe um elogio: "Aqui está um verdadeiro Israelita, em quem não há fingimento" (Jo 1, 47), ao qual o apóstolo responde: "Como me conheces?". Jesus responde de forma que não podemos compreender claramente somente através das Escrituras:

"Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas sob a figueira". Com certeza se tratava de um momento crítico e decisivo na vida de Natanael. Após essa revelação de Jesus, Natanael faz a sua adesão ao Mestre com a seguinte profissão de fé: "Rabi, tu és o filho de Deus, tu és o Rei de Israel".

Segundo fontes históricas, São Bartolomeu teria pregado o cristianismo até na Índia. Outra tradição diz que o apóstolo morreu por esfolamento em Albanópolis, atual Derbent, na província russa de Daguestão junto ao Cáucaso, a mando do governador, tanto que na Capela Sistina ele é pintado segurando a própria pele na mão esquerda e na outra o instrumento de seu suplício, um alfange. Segundo a Igreja Católica, mais tarde suas relíquias foram levadas para a Europa e jazem em Roma, na Igreja a ele dedicada.

O Santo Padre o Papa, na audiência do dia 4 de outubro de 2006, disse estas palavras que concluem o ensinamento da vida de São Bartolomeu:

"Para concluir, podemos dizer que a figura de São Bartolomeu, mesmo sendo escassas as informações acerca dele, permanece contudo diante de nós para nos dizer que a adesão a Jesus pode ser vivida e testemunhada também sem cumprir obras sensacionais. Extraordinário é e permanece o próprio Jesus, ao qual cada um de nós está chamado a consagrar a própria vida e a própria morte".

fonte: http://paroquiadesaobartolomeu.blogspot.com.br/p/padroeiro.html

sábado, 20 de agosto de 2016

20 de Agosto - São Bernardo

História de São Bernardo



São Bernardo era o terceiro filho de Tescelin Sorrel, um nobre da Borgonha, e de Aleth, que era filha de Bernardo, lorde de Montbard. Nasceu em 1090, em Fontaines, castelo próximo a Dijon, um senhorio pertencente ao pai. Os pais tiveram sete filhos, a saber, o Beato Guido, o Beato Geraldo, São Bernardo, a Beata Humbelina, André, Bartolomeu e o Beato Nivaldo. Todos eles receberam boa formação, aprenderam o latim e a arte da versificação, antes de se alistarem os filhos homens para o serviço militar e para a festa das armas.

Desde tenra idade, Bernardo demonstrou uma inteligência aguçada. Tímido, tornou-se um jovem de boa aparência, educado, culto, piedoso e de caráter reto e piedoso. Mas chamava a atenção pela sabedoria, prudência, poder de persuasão e profunda modéstia.

Quando sua mãe morreu, seus irmãos quiseram seguir a carreira militar, enquanto ele preferiu a vida religiosa, ouvindo o chamado de Deus. Na ocasião, todos os familiares foram contra, principalmente seu pai. Porém, com uma determinação poucas vezes vista, além de convencê-los, trouxe consigo: o pai, os irmãos, primos e vários amigos. Ao todo, trinta pessoas seguiram seus passos, sua confiança na fé em Cristo, e ingressaram no Mosteiro da Ordem de Cister, recém-fundada.

A contribuição de Bernardo dentro da ordem foi de tão grande magnitude que ele passou a ser considerado o seu segundo fundador. No seu ingresso, em 1113, eram apenas vinte membros e um mosteiro. Dois anos depois, foi enviado para fundar outro na cidade de Claraval, do qual foi eleito abade, ficando na direção durante trinta e oito anos. Foi um período de abundante florescimento da Ordem, que passou a contar com cento e sessenta e cinco mosteiros. Bernardo sozinho fundou sessenta e oito e, em suas mãos, mais de setecentos religiosos professaram os votos.

Bernardo viveu uma época muito conturbada na Igreja. Muitas vezes teve de deixar a reclusão contemplativa do mosteiro para envolver-se em questões que agitavam a sociedade. Foi pregador, místico, escritor, fundador de mosteiros, abade, conselheiro de papas, reis, bispos e também polemista político e tenaz pacificador. Nada conseguia abater ou afetar sua fé, imprimindo sua marca na história da espiritualidade católica romana.

Ao lado dessas atividades, nesse mesmo período teve uma atividade literária muito expressiva, em quantidade de obras e qualidade de conteúdo. Tornou-se o maior escritor do seu tempo, apesar de sua saúde sempre estar comprometida. Isso porque Bernardo era um religioso de vida muito austera, dormia pouco, jejuava com frequência e impunha-se severa penitência.

Em 1153, participando de uma missão em Lorena, adoeceu. Percebendo a gravidade do seu estado, pediu para ser conduzido para o seu Mosteiro de Claraval, onde pouco tempo depois morreu, no dia 20 de agosto do mesmo ano. Foi sepultado na igreja do mosteiro, mas teve suas relíquias dispersadas durante a Revolução Francesa. Depois, sua cabeça foi entregue para ser guardada na catedral de Troyes, França.

São Bernardo de Claraval, canonizado em 1174, recebeu, com toda honra e justiça, o título de doutor da Igreja em 1830.

fonte:http://www.franciscanos.org.br/?p=22405

terça-feira, 16 de agosto de 2016

16 de Agosto - São Roque

História de São Roque



Muitas informações sobre a biografia de São Roque são desconhecidas, inclusive seu verdadeiro nome. Roch (em português Roque) era o nome de família.

Há enorme variação nas datas apontadas para o seu nascimento e morte, chegando a variar de 1295 a 1350 a data de nascimento, e 1327 a 1390 a da morte.

Nascido em Montpellier, na França o menino Roque era filho de João, rico mercador, que exercia também cargo no governo, e sua de mulher Libéria, mãe dedicada e apaixonada pelo sobrenatural. A familia circulava entre a nobreza da cidade, sendo Roque herdeiro único de considerável fortuna.

Conta a lenda, que Roque teria nascido com um sinal em forma de cruz avermelhada na pele do peito, predestinando à santidade.Ficou órfão de pai e mãe muito jovem, tendo sua educação confiada a um tio. Iniciou o curso de medicina, mas não conluiu os estudos.

Desde cedo praticando a caridade para com os menos afortunados, ao atingir a maioridade, por volta dos 20 anos, resolveu distribuir seus bens aos pobres, deixando uma parte de sua herança, confiada ao tio. Em seguida, partiu em peregrinação para Roma. Chegando à cidade de Acqupendente, encontrou-a em caos, causado pela grande epidemia de Peste Negra que dizimou centenas de pessoas. Roque ofereceu-se para assistir aos doentes, realizando as primeiras curas milagrosas, usando apenas um escalpelo e o sinal da cruz. Visitou Cesena, Mântua, Modena, Parma e muitas outras cidades vizinhas. Onde surgia um foco de peste, lá estava Roque ajudando e curando, enquanto todos diziam: “Onde está o santo de Deus, ninguém mais morre.”

Após anos de abnegação e orações diárias sobre o túmulo de São Pedro em Roma, onde também curou vitimas da peste, retornava a Montpellier, mas chegando a Piacenza foi contagiado pela doença. Sem forças para continuar sua bela obra, e para não contagiar outras pessoas, isolou-se em uma floresta próxima daquela cidade, instalando-se em uma caverna. Teria morrido de fome se não encontrasse ele em um cão, o amigo fiel que lhe trazia diariamente um pão, e se da terra não tivesse nascido uma fonte de água, com a qual matava a sede. Em harmonia com a natureza, contando com a presença sobrenatural da mata e seus moradores, e com sua fé profunda, curou-se milagrosamente.

O cão pertencia a um rico homem, Gottardo Pollastrelli, que ao perceber a presença de Roque, ajudou-o, sendo convertido a emendar a sua má vida. Roque regressou a Montpellier, e infelizmente encontrou a França em guerra. Foi preso, confundido como espião e levado diante do governador, que alguns biógrafos afirmam que seria seu tio materno, que não o reconheceu.

Sem protestos, passou aproximadamente 5 anos na prisão até morrer esquecido por todos, mas feliz por ter sua vida alguma semelhança com a de Cristo. Foi reconhecido depois de morto pela cruz que tinha marcada no peito, e a fama da sua santidade rapidamente se espalhou por todo o sul da França e pelo norte da Itália. Tendo como primeiro milagre póstumo a atribuição da cura do seu carcereiro, Justino, que coxeava e ao tocar com a perna no corpo de Roque, para verificar se estava realmente morto, teve sua perna milagrosamente curada.

Embora sem provas consubstânciais, afirma-se que Roque pertencia à Ordem Terceira de São Francisco. É invocado em casos de epidêmia, popularizando-se como protetor contra a peste e padroeiro dos inválidos e cirurgiões. Celebramos seu dia em 16 de agosto.

fonte: http://www.associacaosaoroque.org.br

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

15 de Agosto - Nossa Senhora da Saúde

História de Nossa Senhora da Saúde


A origem da devoção a Nossa Senhora da Saúde tem registro na Idade Média, durante o tempo da peste negra na Europa. Segundo a tradição, em 1599, caiu uma epidemia de peste sobre a população de Sacavém (Portugal) com tamanho impacto, que o número de pessoas mortas foi superior ao espaço disponível junto a Igreja Nossa Senhora da Vitória. Sendo assim, resolveram enterrá-las nas proximidades. Ao abrirem a primeira vala, os coveiros se depararam com uma imagem de Nossa Senhora. O povo logo se reuniu com grande amor e veneração. Aconteceu uma procissão em honra a Mãe de Deus, na intenção de pedir a proteção dela. Ao fim da procissão, a peste cessou. A imagem de Nossa Senhora descoberta na vala passou a ser aclamada Nossa Senhora da Saúde.

Há muitas diversificações na história da devoção a Nossa Senhora da Saúde. Cada uma mais bela e preciosa que a outra. Digo preciosa, porque demonstra que o povo de Deus é piedoso, ama e acredita na intervenção, no auxílio, no refúgio da Mãe de Deus. A fé é a nossa maior riqueza, pois com ela podemos "remover montanhas".

A Sagrada Tradição venera Maria como a Saúde dos Enfermos. Esse título, assim como os demais, surgiu da fé e da esperança ímpar do povo para com a Mãe de Deus.

O ser humano é marcado pela enfermidade. A doença faz parte da nossa natureza humana. Qualquer enfermidade nos faz sofrer, "Felizes aqueles que dão um verdadeiro sentido ao sofrimento, descobrindo sua dimensão rica de purificação, dando a ele um aspecto cristão". A dor nos faz crescer. Num mundo de dor, de tantas enfermidades, nos desesperamos, a ponto de ficarmos sem saída. Dessa maneira, podemos perceber a nossa limitação.

Maria está sempre presente para assistir seus filhos que sofrem, cada qual com seu motivo: uns com doenças corporais, outros com doenças espirituais. Assistir os enfermos é característica visível em Maria. Seu Divino Filho Jesus foi como ela. Jesus caminhou por muitos lugares fazendo o bem, curando os enfermos, operando milagres. E Sua Santíssima Mãe também. Não se separa Maria de Jesus. Sempre gosto de dizer que Mãe e Filho são inseparáveis. Quando Maria cuidou de Jesus e também foi cuidada por Ele e por São José. Foi cuidada também por São João Evangelista e hoje ela cuida de nós como Mãe na ordem da graça (Lumen Gentium 61). Vamos cuidar também de Maria, vamos levá-la para a nossa casa. Vamos homenageá-la com nossas manifestações de carinho, chamando-a por suas virtudes sobre nós, pois mãe é mãe em todas as horas, inclusive na hora da angústia. Ela estará sempre conosco.

Muitas vezes buscamos só o prazer. Não queremos sofrer, recusamos o sacrifício. Não queremos a dor. Infelizmente, nós ainda não sabemos sofrer, não oferecemos nossos sofrimentos a Deus, mas um dia aprenderemos...

A verdadeira devoção a Nossa Senhora consiste em sempre estar direcionado a Nosso Senhor Jesus Cristo, em ser uma Maria para Jesus e um Jesus para Maria. Assim, alegraremos os dois Sacratíssimos Corações.

fonte: http://www.nossasenhoradasaude.org/

15 de Agosto - Nossa Senhora da Abadia

História de Nossa Senhora da Abadia

Nossa Senhora da Abadia é também conhecida pelo titulo de Santa Maria do Bouro, pois é originária do convento do Bouro, próximo à cidade de Braga, em Portugal. Segundo a lenda, a imagem de Nossa Senhora da Abadia é muito antiga, tendo pertencido a um recolhimento religioso conhecido por Mosteiro das Montanhas, que existia naquelas paragens por volta do ano 883. Quando os sarracenos invadiram a Península Ibérica, os monges fugiram, escondendo a imagem da Virgem Maria. Os séculos passaram. No tempo do Conde D. Henrique, um antigo fidalgo da corte, Pelágio Amado, fugindo aos faustos desse mundo, retirou-se para a ermida de São Miguel, a pouca distância de Braga, onde foi viver com um velho ermitão que ali morava há muitos anos. Certa noite, avistaram uma grande claridade que vinha do centro de um vale próximo e como este fato se repetisse na noite seguinte, ficaram os dois vigiando e ao amanhecer foram verificar a origem daquela estranha luz.

Encontraram escondida entre os penedos uma imagem de Nossa Senhora e, cheios de alegria à vista daquele tesouro, os eremitas se prostraram, agradecendo a Deus por tão singular favor. Mudaram a sua morada para aquele sitio e ali edificaram uma pequena ermida, onde colocaram a imagem da Santa." Teve noticia da descoberta o arcebispo de Braga e foi pessoalmente visitar os ermitães. Verificando a pobreza em que viviam, mandou construir uma igreja de pedra lavrada digna de abrigar a Mãe de Deus. Aos poucos, vários monges se uniram aos dois santos homens e a fama dos milagres de Nossa Senhora da Abadia se espalhou pela terra portuguesa, a ponto de o rei D. Afonso Henriques ter ido especialmente visitar o santuário, onde deixou uma boa esmola para o culto divino e as necessidades daqueles servos de Deus. Após a descoberta do Novo Mundo, a pequena imagem de Nossa Senhora da Abadia atravessou o oceano no surrão de algum devoto bracarense e foi instalar seu culto nos chapadões do «Triângulo Mineiro», onde várias cidades a tomaram por Padroeira. Passou depois para Goiás, localizando-se principalmente em Muquém e na antiga capital da província, a Vila Boa, que conserva ainda sua bela matriz, edificada no século XVIII. Atualmente uma das localidades mais famosas pelas romarias é a de Nossa Senhora da Abadia da Água Suja, antigo centro de garimpagem de diamantes. O Santuário da Virgem do Bouro nesse rincão das Alterosas atrai todos os anos no dia 15 de agosto um grande número de devotos e a procissão é célebre pelo pitoresco das promessas. Aqui um peregrino anda vergado sob o peso de enorme pedra, outro carrega um aleijado nos ombros e vêem-se ainda homens sem camisa levando velas ou vasilhas de água na cabeça; outros açoitam-se ou fingem açoitar-se durante o cortejo noturno. Tudo isso em agradecimento às graças alcançadas por intermédio de Nossa Senhora da Abadia. Na progressista cidade de Uberaba é também grande a devoção a Santa Maria da Abadia do Bouro. Sua igreja, construída em fins do século passado após muita insistência junto às Autoridades Eclesiásticas, teve inicio com solene missa oficiada pelo vigário e acompanhada pela banda de música «união uberabense». Junto ao templo havia uma cisterna cuja água era considerada milagrosa pelo povo, a ponto de virem pessoas de longe em busca do precioso líquido. Houve entretanto vários abusos e um dia, inexplicavelmente, a cisterna secou. Iniciada a edificação da igreja, foi mandada vir do Rio de Janeiro uma bonita imagem de Nossa Senhora da Abadia, que permaneceu na Matriz de Uberaba até a inauguração do templo em 1884. A afluência de fiéis era tão grande, que foi necessário aumentar o recinto nos dias de festa com toldos cobertos de folhas de palmeiras, para que o povo tivesse um abrigo durante as cerimônias religiosas. Posteriormente a igreja da Abadia foi ampliada e reformada. A festa de 15 de agosto tornou-se a mais popular e concorrida da redondeza e o uberabense, por mais longe que esteja, ao aproximar-se a grande data, volta á sua terra para matar as saudades e para render culto a Nossa Senhora da Abadia.

Augusto de Lima Júnior, "História de Nossa Senhora em Minas Gerais", Imprensa Oficial, Belo Horizonte, 1956 Nilza Botelho Megale, "Invocações da Virgem Maria no Brasil", Ed. Vozes, 4a. ed., 1998, Edésia Aducci, "Maria e seus títulos gloriosos", Ed. Loyola, 1998
Fonte: http://www.senhoradabadia.com.br/nsra_abadia/nsra_abadia.php

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

11 de Agosto - Santa Filomena

História de Santa Filomena

Existia na Grécia, um pequeno Estado, no qual o Rei não tinha filhos, pois sua esposa a Rainha era estéril, e sentiam grande desgosto por não terem quem sucede-los no trono. Apesar de não serem cristãos, tinham na côrte um médico cristão, muito fervoroso, que os convenceu a fazerem um pedido a Jesus. Se Jesus lhes fizesse o milagre de lhes dar um filho, se tornariam cristãos; e obtiveram, nascendo uma linda menina no dia 10 de Janeiro e, lhe deram o nome de LUMENA, que quer dizer “LUZ DA FÉ”, e ao batizar acrescentaram a palavra FILO, que quer dizer “FILHO DA LUZ”, e assim ficou o nome de FILOMENA.
Aos doze anos fez votos de virgindade, tornando-se assim esposa de Jesus. Quando tinha 13 anos o imperador Romano Deoclesiano declarou guerra a seu pai, injustamente. Este como não tinha possibilidade de enfrentá-lo foi a Roma com sua esposa e filha pedir ao imperador súplica pelo seu povo. O imperador,ao ver a beleza deslumbrante daquela linda menina lhe disse: “Não te assustes, eu não te faço mais guerra, mais porei os meu soldados a teu lado contanto que me dês tua linda filha em casamento”. Estes, com muita alegria, aceitaram tal proposta, ao que Santa Filomena contestou energicamente, dizendo que já estava comprometida com Jesus seu Divino Esposo. Seus pais e o imperador fizeram de tudo para convence-la, mais foi tudo inútil. Então, o tírano imperador vendo-se humilhado mandou prende-la e torturá-la horrivelmente, pensando assim conseguir o seu intuito, mas ela, quanto mais sofria, mais amava a Jesus; no fim de 37 dias de sofrimentos indiziveis, Nossa Senhora lhe apareceu na prisão, a curou de suas chagas e lhe restituiu a sua beleza, ficando mais formosa do que antes e lhe disse: “sofrerás mais três dias, depois, Eu e meu amado Filho te levaremos para o Céu”. O carrasco ao presenciar estes prodígios, se converteu e se tornou cristão com toda a sua família. O imperador, ao ver-se vencido, o amor que tinha por ela, transformou-se em ódio e por isso mandou flecha-la, mas não a acertaram; pensando ser os deuses dela que as desviavam, mandou aquecer as flechas no fogo e atirar nela, mas as flechas em fogo, no lugar de acertar voltaram para trás e mataram seis flecheiros, depois de derrotado com este prodígio, mandou jogá-la no rio Tibre com uma ancora ao pescoço; veio um anjo e cortou a corda ,a ancora foi para o fundo, onde se encontra até hoje, e Ela nem sequer molhou o vestido.
A multidão que presenciava estes prodígios se converteu e glorificou a Deus. Então o tirano não suportando mais a sua cólera deu ordens para que fosse decapitada e assim sua alma voou gloriosamente para o céu, no dia 10 de agosto, numa sexta-feira, às três horas da tarde como seu Divino Esposo Jesus.
fonte: http://www.santuariosantafilomena.org.br/category/historia-de-santa-filomena/

11 de Agosto - Santa Clara

História de Santa Clara



 O pai de Clara chamava-se Favarone; a mãe, Hortolana. Ela era a filha mais velha e só teve duas irmãs: Catarina (mais tarde consagrada com o nome de Inês por São Francisco) e Beatriz.

Houve uma revolta por parte dos plebeus de Assis que guerrearam contra os nobres da cidade, obrigando-os a fugirem. A família de Clara retirou-se inicialmente para o castelo de Corozano, antiga propriedade da família, então mantido por Martinho de Corozano, primo de Santa Clara, pai de Amata e Balvina, que também seriam Irmãs em São Damião.

Posteriormente, os nobres de Assis começaram a reunir-se na cidade de Perusa, aliando-se aos nobres de lá para retomar Assis. Nessa época, com tantas famílias reunidas, Clara e suas irmãs devem ter tido oportunidade de ser instruídas por muitos bons professores. Mais tarde, ela e Inês mostrariam ter uma excelente capacidade de escrever.

Mesmo nesse tempo, em Perusa, Clara deve ter tido um relacionamento muito próximo com diversas jovens que haveriam de segui-la em São Damião. Sabemos de Filipa de Gislério, Cristina de Parise, Cecília de Gualtieri di Caciaguerra; e, conheceu também Benvinda de Perusa, outra futura Irmã, que nesse tempo devia ter sido uma criada.

De Assis entraram, logo no começo, Pacífia de Guelfúcio e Catarina (Inês), irmã de Clara. Mais tarde entraram também Hortolana, mãe de Clara e, finalmente a irmã mais nova, Beatriz. Na mesma ocasião, também São Francisco esteve em Perusa, preso depois da derrota dos assisienses na batalha de Collestrada, em 1202.

Em 1210, foi possível um tratado de paz entre os nobres e os plebeus de Assis. Monaldo, tio de Clara, conseguiu que fosse assinado pelo potestá de Perusa um documento exigindo que Assis restaurasse a praça de São Rufino, danificada e queimada em 1198.
Depois disso, é possível que a família, ou pelo menos Clara com seus pais e irmãs tenham se abrigado como hóspedes no Mosteiro de São Paulo da Abadessas, enquanto esperavam a reforma da casa paterna.

Foi no tempo posterior a sua volta para Assis que Clara teve as melhores oportunidades de acompanhar sua mãe Hortolana no atendimento dos pobres. Hortolana era muito piedosa e caridosa. Fazia muitas peregrinações e já estivera até na Terra Santa, provavelmente até antes do nascimento de Clara.

Em Assis, formou-se bem depressa a fama de que Clara era uma jovem devota e recolhida. Os familiares sabiam que ela não queria casar-se.

Foram motivos que devem ter colaborado para que São Francisco quisesse falar com ela.

Em 1210 ou 1211, Clara e Francisco se encontraram. Eles tiveram vários encontros, em que devem ter falado sobre Jesus, sobre a vocação dela e sobre os planos para ela entrar em uma nova vida.

Antes de entrar, Clara vendeu tudo que lhe ia caber como dote quando se casasse e distribuiu o dinheiro aos pobres. Francisco exigia isso de seus discípulos, lembrando a exigência de Jesus ao moço rico.

Clara conta em seu Testamento espiritual que São Francisco teve uma inspiração quando estava reformando a Igreja de São Damião e convidou os pobres a ajudá-lo na construção de um futuro mosteiro onde "viveriam umas mulheres de vida tão santa que isso repercutiria em toda a Igreja". Ele começou uma restauração verdadeira da Igreja através das pedras vivas que foram Clara e suas Irmãs, os frades e os seculares franciscanos.

Francisco combinou com Clara que ela sairia de de casa no Domingo de Ramos. Ela tinha que se apresentar na catedral com suas melhores roupas (era o dia de seus esponsais com Cristo). Lá, o bispo Dom Guido, lhe entregou um ramo de oliveira, como um sinal. De noite, depois de afastar milagrosamente pesadas colunas e tronco, ela saiu pela "porta dos mortos" (só usada quando havia algum enterro) e foi para a Porciúncula, a capelinha de Nossa Senhor dos Anjos.

Na Porciúncula, depois de ter preparado tudo de acordo com o cerimonial do tempo, fazendo os frades esperar com velas acesas e conduzir a candidata até o altar, São Francisco cortou os cabelos dela, como sinal de consagração, e lhe deu o hábito dos franciscanos.

Dessa forma, na Igrejinha de Santa Maria dos Anjos, que fora preparada por Francisco no lugar desacampado chamado Porciúncula - mais tarde doado pelos beneditinos aos franciscanos - nasceram a Ordem de São Francisco e a Ordem de Santa Clara.

Depois da cerimônia, acompanhado por Frei Filipe, São Francisco levou-a para o Mosteiro de beneditinas chamado São Paulo das Abadessas. Foi uma caminhada de pouco mais de dois quilômetros a partir da Porciúncula.

No dia seguinte, Monaldo, o irmão mais velho de Favarone - o pai de Santa Clara - foi buscá-la com um pelotão de soldados. Mas desistiu diante dela e des seus gestos de consagração. Tirando o capuz que tinha na cabeça, Clara mostrou que estava consagrada, porque tinha os cabelos cortados. Todos compreenderam que o tio só poderia levá-la com permissão do bispo. O tio Monaldo se retirou e as beneditinas protegeram a jovem Clara.

Quinze dias depois : Provavelmente para que Clara conhecesse outro estilo de vida consagrada: a de leigas que estavam reunidas em uma igreja do bosque, Francisco levou-a para um lugar chamado Santo Ângelo de Panço. Mesmo estando afastado da cidade o local era conhecido porque por ele passavam, já antes de Cristo, as águas levadas para Assis. Alertado de que o tio Monaldo fora buscar Catarina que se unira a Clara, São Francisco veio também consagrá-la, mudando então o seu nome para Inês. Depois de alguns meses em Panço, Clara e Inês foram morar definitivamente no santuário de São Damião, que São Francisco tinha preparado para elas e para suas novas irmãs que foram chegando.

Vindas de famílias pobres ou ricas, todas, em São Damião, eram igualmente Irmãs. Foi uma grande inovação de Clara: nos Mosteiros antigos, só as nobres ou ricas eram monjas, rezavam o Ofício Divino e apreendiam a ler e escrever. As outras eram chamadas de "conversas" e pegavam o trabalho pesado.

As clarissas dedicavam muito tempo à oração, mas também se dedicavam a trabalhos domésticos e a fiar, tecer e costurar. Algumas saíam para ir prestar serviço às pessoas necessitadas.

Chamamos de "Forma de vida" a Regra escrita por Santa Clara. Foi uma de suas preciosas iniciativas. Antes dela, as mulheres religiosas seguiam as mesmas Regras escritas para os homens, sem adaptações. A partir do seu tempo, todas as Regras femininas aproveitaram suas propostas.

Não foi fácil para Santa Clara ter a sua própria Forma de Vida. Para ela, a Regra era uma maneira de viver o mistério de Jesus Cristo de acordo com a proposta de São Francisco. Foi obrigada a seguir a Regra de São Bento e suas adaptações feitas pelos Papas Gregório IX e Inocêncio IV. Só em 1252 pode escrever a sua, que foi aprovada em 1253, dois dias antes de sua morte.

Ainda está guardado, no Proto-Mosteiro de Assis, o original do "Privilégio da Pobreza" concedido a Santa Clara pelo Papa Gregório IX, em 1228.

Santa Clara teceu sua Regra ao redor da "Forma de Vida" que São Francisco lhe deu quando ela entrou na Ordem:

"Desde que, por inspiração divina, vos fizestes filhas e servas do Altíssimo Sumo Rei Pai celeste e desposastes o Espírito Santo, optando por uma vida de acordo com a perfeição do Santo Evangelho, eu quero e prometo, por mim e por meus frades, ter por vós o mesmo cuidado diligente e uma solicitude especial, como por eles".

O "Testamento"

"Entre outros benefícios que temos recebido e ainda recebemos diariamente da generosidade do Pai de toda misericórdia e pelos quais mais temos que  agradecer ao glorioso Pai de Cristo, está a nossa vocação que, quanto maior e mais perfeita, mais a Ele é devida".

"Pois o próprio Senhor colocou-nos não só como modelo, exemplo e espelho para os outros, mas também para nossas irmãs, que ele vai chamar para a nossa vocação, para que também elas sejam espelho e exemplo para os que vivem no mundo. Portanto, se o Senhor nos chamou a coisas tão elevadas que em nós possam espelhar-se as que deverão ser exemplo e espelho para os outros, estamos bem obrigadas a bendizer e louvar a Deus, dando força ainda maior umas às outras para fazer o bem no Senhor".

No ano de 1253, depois de sessenta anos de vida terrena, de pouco mais de quarenta anos de consagração religiosa, de uma enfermidade de quase trinta anos e de uma intensa vida de oração, chegou a hora de Clara ir ao encontro do Esposo. Passou seus últimos dias na cama. Confortada pela presença de suas irmãs e dos antigos companheiros de São Francisco, ela ainda deixou grandes ensinamentos. Na antevéspera de sua morte, foi atendido o seu último desejo: Receber a Regra assinada pelo Papa Inocêncio IV para poder beijá-la antes de morrer. Quando um dos frades a exortou a ser paciente nos sofrimentos, ela  respondeu:

" Irmão querido, desde que conheci a graça de meu Senhor Jesus Cristo por meio do seu servo Francisco, nunca mais pena alguma me foi molesta, nenhuma penitência foi pesada, doença alguma foi dura."

Nos últimos momentos, falou com sua própria alma dizendo:

" Vá segura, que você tem uma boa escolha para o caminho. Vá, porque Aquele que a criou também a santificou. E, guardando-a sempre como uma mãe guarda o filho, amou -a com eterno amor. E bendito sejais Vós, Senhor, que me criastes!"

Quando Santa Clara morreu, considerando a grande devoção do povo pelos santos, o Papa mandou enterrá-la na Igreja de São Jorge, onde também São Francisco tinha sido enterrado. Depois disso, construiu-se ao lado, a basílica de Santa Clara, para onde seu corpo foi solenemente transladado em 1260. Em 1850, seus restos mortais foram redescobertos.

fonte: http://www.paroquiasantaclara.com.br/Vida35.php

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

10 de Agosto - São Lourenço

História de São Lourenço


Dia 10 de Agosto festejamos, a vida de santidade e martírio do Diácono que nem chicotes, algozes, chamas, tormentos e correntes puderam contra sua fé e amor ao Cristo. Lourenço, espanhol, natural de Huesca, foi um Diácono de bom humor que servia a Deus na Igreja de Roma durante meados do Século III.

Conta-nos a história que São Lourenço como primeiro dos Diáconos tinha grande amizade com o Papa Sisto II, tanto assim que ao vê-lo indo para o martírio falou: "Ó pai, aonde vais sem o teu filho? Tu que jamais ofereceste o sacrifício sem a assistência do teu Diácono, vais agora sozinho, para o martírio?". E o Papa respondeu: "Mais uns dias e te aguarda uma coroa mais bonita!". São Lourenço era também responsável pela administração dos bens da Igreja que sustentava muitos necessitados.

Diante da perseguição do Imperador Valeriano, o prefeito local exigiu de Lourenço os tesouros da Igreja, para isto o Santo Diácono pediu um prazo, o qual foi o suficiente para reunir no átrio os órfãos, os cegos, os coxos, as viúvas, os idosos... Todos os que a Igreja socorria, e no fim do prazo - com bom humor - disse: "Eis aqui os nossos tesouros, que nunca diminuem, e podem ser encontrados em toda parte".

Sentindo-se iludido, o prefeito sujeitou o santo a diversos tormentos, até colocá-lo sobre um braseiro ardente; São Lourenço que sofreu o martírio em 258, não parava de interceder por todos, e mesmo assim encontrou - no Espírito Santo - força para dizer no auge do sofrimento na grelha: "Vira-me que já estou bem assado deste lado".

Roma cristã venera o santo espanhol com a mesma veneração e respeito com que honra seus primeiros Apóstolos. Depois de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia romana.

O que foi Santo Estevão em Jerusalém, isso mesmo o foi São Lourenço em Roma.

São Lourenço, rogai por nós!

fonte: http://www.igrejasaolourenco.com.br/padroeiro.shtml

terça-feira, 2 de agosto de 2016

2 de Agosto - São Pedro Julião Eymard

História de São Pedro Julião Eymard




Pedro Julião Eymard nasceu no norte da França, em Esère, no dia 4 de fevereiro de 1811, primeiro filho de um casal de simples comerciantes, profundamente religioso. Todos os dias, sua mãe levava-o à igreja, para receber a bênção eucarística. Assim, aos cinco anos de idade, despontou sua vocação religiosa e sacerdotal.

Mas encontrou a objeção do seu pai. Apesar de muito religioso, ele não concordou com a decisão do filho, porque precisava da sua ajuda no trabalho, para sustentar a casa. Além disto, não tinha condições de pagar as despesas dos estudos no seminário. Diante desses fatos, só lhe restava rezar muito enquanto trabalhava e, às escondidas, estudar o latim. Em 1834, conseguiu realizar o seu sonho, recebendo a ordenação sacerdotal na sua própria diocese de origem.

Após alguns anos no ministério pastoral, em 1839, padre Eymard entrou na recém-fundada Congregação dos Padres Maristas, em Lyon. Nesta Ordem permaneceu durante dezessete anos, chegando a ocupar altos cargos. Foi quando recebeu de Maria Santíssima a missão de fundar uma obra dedicada à adoração perpétua da eucaristia.

Aliás, padre Eymard já notava que havia um certo distanciamento do povo da Igreja. Algo precisava ser feito. Rezou muito, pediu conselhos aos superiores e para o próprio papa Pio IX. Entretanto, percebeu que por meio do Instituto dos Maristas não poderia executar o que era preciso. Deixou o Instituto e foi para Paris.

Lá, em 1856, com a ajuda do arcebispo de Paris, fundou a Congregação dos Padres do Santíssimo Sacramento. E, depois de três anos, a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento. Mais tarde, também fundou uma Ordem Terceira, em que leigos comprometem-se na adoração do Santíssimo Sacramento.

Padre Pedro Julião Eymard foi incansável, viajando por toda a França, para levar sua mensagem eucarística. Como seu legado, além da nova Ordem, deixou inúmeros escritos sobre a espiritualidade eucarística.

Muito doente, ele faleceu na sua cidade natal no dia 1º de agosto de 1868, com apenas cinqüenta e sete anos de idade. Beatificado pelo papa Pio XI em 1925, foi canonizado pelo papa João XXIII em 1962. Na ocasião, foi designado que a memória litúrgica de são Pedro Julião Eymard deve ser celebrada em 2 de agosto, um dia após o de sua morte.

São Pedro Julião Eymardn fundou a Congregação dos Padres do Santíssimo Sacramento e a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento.

fonte: paulinas.org.br