São Bartolomeu Apóstolo foi um dos apóstolos de Jesus Cristo. Seu nome vem do aramaico, com uma referência patronímica: Bar
Talmay - filho de Talmay. Há historiadores que também mantêm uma
referência patronímica, mas dá outro significado para o nome: Bar
Ptolomeu - Filho de Ptolomeu. Esta última hipótese não é inverossímil,
visto que Ptolomeu (suposto pai de Bartolomeu) possuía um prenome
grego, e a cultura grega tinha uma grande influência na Judéia da
época.
Nenhuma narração bíblica lhe enfoca especialmente e seu nome consta
apenas nas listas dos doze. No entanto, segundo a tradição, ele é o
Natanael de que falam outras passagens, e isso fica evidente através da
comparação entre os quatro Evangelhos. Natanael significa "Deus deu" -
o significado desse nome fica claro levando-se em conta que ele vinha
de Caná, onde deve ter testemunhado a ação de Jesus nas Bodas de Caná
(Jo 2, 1-11).
Como narra a Bíblia, São Filipe comunicou a Natanael (São
Bartolomeu) que havia encontrado o Messias, e que esse provinha de
Nazaré, ao que Natanael responde dura e preconceituosamente: "De Nazaré
pode vir alguma coisa boa?" (Jo 1, 46a). Essa observação é importante
indicador das expectativas judaicais quanto à vinda do Messias, então
tidas.
No seu primeiro encontro com Jesus, recebe um elogio: "Aqui está um
verdadeiro Israelita, em quem não há fingimento" (Jo 1, 47), ao qual o
apóstolo responde: "Como me conheces?". Jesus responde de forma que
não podemos compreender claramente somente através das Escrituras:
"Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas sob a
figueira". Com certeza se tratava de um momento crítico e decisivo na
vida de Natanael. Após essa revelação de Jesus, Natanael faz a sua
adesão ao Mestre com a seguinte profissão de fé: "Rabi, tu és o filho de
Deus, tu és o Rei de Israel".
Segundo fontes históricas, São Bartolomeu teria pregado o
cristianismo até na Índia. Outra tradição diz que o apóstolo morreu por
esfolamento em Albanópolis, atual Derbent, na província russa de
Daguestão junto ao Cáucaso, a mando do governador, tanto que na Capela
Sistina ele é pintado segurando a própria pele na mão esquerda e na
outra o instrumento de seu suplício, um alfange. Segundo a Igreja
Católica, mais tarde suas relíquias foram levadas para a Europa e jazem
em Roma, na Igreja a ele dedicada.
O Santo Padre o Papa, na audiência do dia 4 de outubro de 2006,
disse estas palavras que concluem o ensinamento da vida de São
Bartolomeu:
"Para concluir, podemos dizer que a figura de São Bartolomeu, mesmo
sendo escassas as informações acerca dele, permanece contudo diante de
nós para nos dizer que a adesão a Jesus pode ser vivida e testemunhada
também sem cumprir obras sensacionais. Extraordinário é e permanece o
próprio Jesus, ao qual cada um de nós está chamado a consagrar a
própria vida e a própria morte".
fonte: http://paroquiadesaobartolomeu.blogspot.com.br/p/padroeiro.html
São Bernardo era o terceiro filho de Tescelin Sorrel, um nobre da
Borgonha, e de Aleth, que era filha de Bernardo, lorde de Montbard.
Nasceu em 1090, em Fontaines, castelo próximo a Dijon, um senhorio
pertencente ao pai. Os pais tiveram sete filhos, a saber, o Beato
Guido, o Beato Geraldo, São Bernardo, a Beata Humbelina, André,
Bartolomeu e o Beato Nivaldo. Todos eles receberam boa formação,
aprenderam o latim e a arte da versificação, antes de se alistarem os
filhos homens para o serviço militar e para a festa das armas.
Desde tenra idade, Bernardo demonstrou uma inteligência aguçada.
Tímido, tornou-se um jovem de boa aparência, educado, culto, piedoso e
de caráter reto e piedoso. Mas chamava a atenção pela sabedoria,
prudência, poder de persuasão e profunda modéstia.
Quando sua mãe morreu, seus irmãos quiseram seguir a carreira
militar, enquanto ele preferiu a vida religiosa, ouvindo o chamado de
Deus. Na ocasião, todos os familiares foram contra, principalmente seu
pai. Porém, com uma determinação poucas vezes vista, além de
convencê-los, trouxe consigo: o pai, os irmãos, primos e vários amigos.
Ao todo, trinta pessoas seguiram seus passos, sua confiança na fé em
Cristo, e ingressaram no Mosteiro da Ordem de Cister, recém-fundada.
A contribuição de Bernardo dentro da ordem foi de tão grande
magnitude que ele passou a ser considerado o seu segundo fundador. No
seu ingresso, em 1113, eram apenas vinte membros e um mosteiro. Dois
anos depois, foi enviado para fundar outro na cidade de Claraval, do
qual foi eleito abade, ficando na direção durante trinta e oito anos.
Foi um período de abundante florescimento da Ordem, que passou a contar
com cento e sessenta e cinco mosteiros. Bernardo sozinho fundou
sessenta e oito e, em suas mãos, mais de setecentos religiosos
professaram os votos.
Bernardo viveu uma época muito conturbada na Igreja. Muitas vezes
teve de deixar a reclusão contemplativa do mosteiro para envolver-se em
questões que agitavam a sociedade. Foi pregador, místico, escritor,
fundador de mosteiros, abade, conselheiro de papas, reis, bispos e
também polemista político e tenaz pacificador. Nada conseguia abater ou
afetar sua fé, imprimindo sua marca na história da espiritualidade
católica romana.
Ao lado dessas atividades, nesse mesmo período teve uma atividade
literária muito expressiva, em quantidade de obras e qualidade de
conteúdo. Tornou-se o maior escritor do seu tempo, apesar de sua saúde
sempre estar comprometida. Isso porque Bernardo era um religioso de
vida muito austera, dormia pouco, jejuava com frequência e impunha-se
severa penitência.
Em 1153, participando de uma missão em Lorena, adoeceu. Percebendo a
gravidade do seu estado, pediu para ser conduzido para o seu Mosteiro
de Claraval, onde pouco tempo depois morreu, no dia 20 de agosto do
mesmo ano. Foi sepultado na igreja do mosteiro, mas teve suas relíquias
dispersadas durante a Revolução Francesa. Depois, sua cabeça foi
entregue para ser guardada na catedral de Troyes, França.
São Bernardo de Claraval, canonizado em 1174, recebeu, com toda honra e justiça, o título de doutor da Igreja em 1830.
fonte:http://www.franciscanos.org.br/?p=22405
Muitas informações sobre a biografia de São Roque são
desconhecidas, inclusive seu verdadeiro nome. Roch (em português Roque)
era o nome de família.
Há enorme variação nas datas apontadas para o seu nascimento e
morte, chegando a variar de 1295 a 1350 a data de nascimento, e 1327 a
1390 a da morte.
Nascido em Montpellier, na França o menino Roque era filho de João,
rico mercador, que exercia também cargo no governo, e sua de mulher
Libéria, mãe dedicada e apaixonada pelo sobrenatural. A familia
circulava entre a nobreza da cidade, sendo Roque herdeiro único de
considerável fortuna.
Conta a lenda, que Roque teria nascido com um sinal em forma de
cruz avermelhada na pele do peito, predestinando à santidade.Ficou órfão
de pai e mãe muito jovem, tendo sua educação confiada a um tio.
Iniciou o curso de medicina, mas não conluiu os estudos.
Desde cedo praticando a caridade para com os menos afortunados, ao
atingir a maioridade, por volta dos 20 anos, resolveu distribuir seus
bens aos pobres, deixando uma parte de sua herança, confiada ao tio. Em
seguida, partiu em peregrinação para Roma. Chegando à cidade de
Acqupendente, encontrou-a em caos, causado pela grande epidemia de Peste
Negra que dizimou centenas de pessoas. Roque ofereceu-se para assistir
aos doentes, realizando as primeiras curas milagrosas, usando apenas
um escalpelo e o sinal da cruz. Visitou Cesena, Mântua, Modena, Parma e
muitas outras cidades vizinhas. Onde surgia um foco de peste, lá
estava Roque ajudando e curando, enquanto todos diziam: “Onde está o
santo de Deus, ninguém mais morre.”
Após anos de abnegação e orações diárias sobre o túmulo de São
Pedro em Roma, onde também curou vitimas da peste, retornava a
Montpellier, mas chegando a Piacenza foi contagiado pela doença. Sem
forças para continuar sua bela obra, e para não contagiar outras
pessoas, isolou-se em uma floresta próxima daquela cidade,
instalando-se em uma caverna. Teria morrido de fome se não encontrasse
ele em um cão, o amigo fiel que lhe trazia diariamente um pão, e se da
terra não tivesse nascido uma fonte de água, com a qual matava a sede.
Em harmonia com a natureza, contando com a presença sobrenatural da mata
e seus moradores, e com sua fé profunda, curou-se milagrosamente.
O cão pertencia a um rico homem, Gottardo Pollastrelli, que ao
perceber a presença de Roque, ajudou-o, sendo convertido a emendar a sua
má vida. Roque regressou a Montpellier, e infelizmente encontrou a
França em guerra. Foi preso, confundido como espião e levado diante do
governador, que alguns biógrafos afirmam que seria seu tio materno, que
não o reconheceu.
Sem protestos, passou aproximadamente 5 anos na prisão até morrer
esquecido por todos, mas feliz por ter sua vida alguma semelhança com a
de Cristo. Foi reconhecido depois de morto pela cruz que tinha marcada
no peito, e a fama da sua santidade rapidamente se espalhou por todo o
sul da França e pelo norte da Itália. Tendo como primeiro milagre
póstumo a atribuição da cura do seu carcereiro, Justino, que coxeava e
ao tocar com a perna no corpo de Roque, para verificar se estava
realmente morto, teve sua perna milagrosamente curada.
Embora sem provas consubstânciais, afirma-se que Roque pertencia à
Ordem Terceira de São Francisco. É invocado em casos de epidêmia,
popularizando-se como protetor contra a peste e padroeiro dos inválidos e
cirurgiões. Celebramos seu dia em 16 de agosto.
fonte: http://www.associacaosaoroque.org.br
A origem da devoção a Nossa Senhora da Saúde tem registro na
Idade Média, durante o tempo da peste negra na Europa. Segundo a
tradição, em 1599, caiu uma epidemia de peste sobre a população de
Sacavém (Portugal) com tamanho impacto, que o número de pessoas mortas
foi superior ao espaço disponível junto a Igreja Nossa Senhora da
Vitória. Sendo assim, resolveram enterrá-las nas proximidades. Ao
abrirem a primeira vala, os coveiros se depararam com uma imagem de
Nossa Senhora. O povo logo se reuniu com grande amor e veneração.
Aconteceu uma procissão em honra a Mãe de Deus, na intenção de pedir a
proteção dela. Ao fim da procissão, a peste cessou. A imagem de Nossa
Senhora descoberta na vala passou a ser aclamada Nossa Senhora da Saúde.
Há
muitas diversificações na história da devoção a Nossa Senhora da Saúde.
Cada uma mais bela e preciosa que a outra. Digo preciosa, porque
demonstra que o povo de Deus é piedoso, ama e acredita na intervenção,
no auxílio, no refúgio da Mãe de Deus. A fé é a nossa maior riqueza,
pois com ela podemos "remover montanhas".
A Sagrada Tradição
venera Maria como a Saúde dos Enfermos. Esse título, assim como os
demais, surgiu da fé e da esperança ímpar do povo para com a Mãe de
Deus.
O ser humano é marcado pela enfermidade. A doença faz parte
da nossa natureza humana. Qualquer enfermidade nos faz sofrer, "Felizes
aqueles que dão um verdadeiro sentido ao sofrimento, descobrindo sua
dimensão rica de purificação, dando a ele um aspecto cristão". A dor nos
faz crescer. Num mundo de dor, de tantas enfermidades, nos
desesperamos, a ponto de ficarmos sem saída. Dessa maneira, podemos
perceber a nossa limitação.
Maria está sempre presente para
assistir seus filhos que sofrem, cada qual com seu motivo: uns com
doenças corporais, outros com doenças espirituais. Assistir os enfermos é
característica visível em Maria. Seu Divino Filho Jesus foi como ela.
Jesus caminhou por muitos lugares fazendo o bem, curando os enfermos,
operando milagres. E Sua Santíssima Mãe também. Não se separa Maria de
Jesus. Sempre gosto de dizer que Mãe e Filho são inseparáveis. Quando
Maria cuidou de Jesus e também foi cuidada por Ele e por São José. Foi
cuidada também por São João Evangelista e hoje ela cuida de nós como Mãe
na ordem da graça (Lumen Gentium 61). Vamos cuidar também de Maria,
vamos levá-la para a nossa casa. Vamos homenageá-la com nossas
manifestações de carinho, chamando-a por suas virtudes sobre nós, pois
mãe é mãe em todas as horas, inclusive na hora da angústia. Ela estará
sempre conosco.
Muitas vezes buscamos só o prazer. Não queremos
sofrer, recusamos o sacrifício. Não queremos a dor. Infelizmente, nós
ainda não sabemos sofrer, não oferecemos nossos sofrimentos a Deus, mas
um dia aprenderemos...
A verdadeira devoção a Nossa Senhora
consiste em sempre estar direcionado a Nosso Senhor Jesus Cristo, em ser
uma Maria para Jesus e um Jesus para Maria. Assim, alegraremos os dois
Sacratíssimos Corações.
fonte: http://www.nossasenhoradasaude.org/
Nossa Senhora da Abadia é também conhecida pelo titulo de Santa
Maria do Bouro, pois é originária do convento do Bouro, próximo à cidade
de Braga, em Portugal. Segundo a lenda, a imagem de Nossa Senhora da
Abadia é muito antiga, tendo pertencido a um recolhimento religioso
conhecido por Mosteiro das Montanhas, que existia naquelas paragens por
volta do ano 883. Quando os sarracenos invadiram a Península Ibérica,
os monges fugiram, escondendo a imagem da Virgem Maria. Os séculos
passaram. No tempo do Conde D. Henrique, um antigo fidalgo da corte,
Pelágio Amado, fugindo aos faustos desse mundo, retirou-se para a
ermida de São Miguel, a pouca distância de Braga, onde foi viver com um
velho ermitão que ali morava há muitos anos. Certa noite, avistaram
uma grande claridade que vinha do centro de um vale próximo e como este
fato se repetisse na noite seguinte, ficaram os dois vigiando e ao
amanhecer foram verificar a origem daquela estranha luz.
Encontraram escondida entre os penedos uma imagem de Nossa
Senhora e, cheios de alegria à vista daquele tesouro, os eremitas se
prostraram, agradecendo a Deus por tão singular favor. Mudaram a sua
morada para aquele sitio e ali edificaram uma pequena ermida, onde
colocaram a imagem da Santa." Teve noticia da descoberta o arcebispo de
Braga e foi pessoalmente visitar os ermitães. Verificando a pobreza em
que viviam, mandou construir uma igreja de pedra lavrada digna de
abrigar a Mãe de Deus. Aos poucos, vários monges se uniram aos dois
santos homens e a fama dos milagres de Nossa Senhora da Abadia se
espalhou pela terra portuguesa, a ponto de o rei D. Afonso Henriques
ter ido especialmente visitar o santuário, onde deixou uma boa esmola
para o culto divino e as necessidades daqueles servos de Deus. Após a
descoberta do Novo Mundo, a pequena imagem de Nossa Senhora da Abadia
atravessou o oceano no surrão de algum devoto bracarense e foi instalar
seu culto nos chapadões do «Triângulo Mineiro», onde várias cidades a
tomaram por Padroeira. Passou depois para Goiás, localizando-se
principalmente em Muquém e na antiga capital da província, a Vila Boa,
que conserva ainda sua bela matriz, edificada no século XVIII.
Atualmente uma das localidades mais famosas pelas romarias é a de Nossa
Senhora da Abadia da Água Suja, antigo centro de garimpagem de
diamantes. O Santuário da Virgem do Bouro nesse rincão das Alterosas
atrai todos os anos no dia 15 de agosto um grande número de devotos e a
procissão é célebre pelo pitoresco das promessas. Aqui um peregrino
anda vergado sob o peso de enorme pedra, outro carrega um aleijado nos
ombros e vêem-se ainda homens sem camisa levando velas ou vasilhas de
água na cabeça; outros açoitam-se ou fingem açoitar-se durante o
cortejo noturno. Tudo isso em agradecimento às graças alcançadas por
intermédio de Nossa Senhora da Abadia. Na progressista cidade de
Uberaba é também grande a devoção a Santa Maria da Abadia do Bouro. Sua
igreja, construída em fins do século passado após muita insistência
junto às Autoridades Eclesiásticas, teve inicio com solene missa
oficiada pelo vigário e acompanhada pela banda de música «união
uberabense». Junto ao templo havia uma cisterna cuja água era
considerada milagrosa pelo povo, a ponto de virem pessoas de longe em
busca do precioso líquido. Houve entretanto vários abusos e um dia,
inexplicavelmente, a cisterna secou. Iniciada a edificação da igreja,
foi mandada vir do Rio de Janeiro uma bonita imagem de Nossa Senhora da
Abadia, que permaneceu na Matriz de Uberaba até a inauguração do templo
em 1884. A afluência de fiéis era tão grande, que foi necessário
aumentar o recinto nos dias de festa com toldos cobertos de folhas de
palmeiras, para que o povo tivesse um abrigo durante as cerimônias
religiosas. Posteriormente a igreja da Abadia foi ampliada e reformada.
A festa de 15 de agosto tornou-se a mais popular e concorrida da
redondeza e o uberabense, por mais longe que esteja, ao aproximar-se a
grande data, volta á sua terra para matar as saudades e para render
culto a Nossa Senhora da Abadia.
Augusto de Lima Júnior, "História de Nossa Senhora em Minas
Gerais", Imprensa Oficial, Belo Horizonte, 1956 Nilza Botelho Megale,
"Invocações da Virgem Maria no Brasil", Ed. Vozes, 4a. ed., 1998, Edésia
Aducci, "Maria e seus títulos gloriosos", Ed. Loyola, 1998
Fonte: http://www.senhoradabadia.com.br/nsra_abadia/nsra_abadia.php
Existia na Grécia, um pequeno Estado, no qual o Rei não tinha
filhos, pois sua esposa a Rainha era estéril, e sentiam grande desgosto
por não terem quem sucede-los no trono. Apesar de não serem cristãos,
tinham na côrte um médico cristão, muito fervoroso, que os convenceu a
fazerem um pedido a Jesus. Se Jesus lhes fizesse o milagre de lhes dar
um filho, se tornariam cristãos; e obtiveram, nascendo uma linda menina
no dia 10 de Janeiro e, lhe deram o nome de LUMENA, que quer dizer “LUZ
DA FÉ”, e ao batizar acrescentaram a palavra FILO, que quer dizer “FILHO
DA LUZ”, e assim ficou o nome de FILOMENA.
Aos doze anos fez votos de virgindade, tornando-se assim esposa de
Jesus. Quando tinha 13 anos o imperador Romano Deoclesiano declarou
guerra a seu pai, injustamente. Este como não tinha possibilidade de
enfrentá-lo foi a Roma com sua esposa e filha pedir ao imperador súplica
pelo seu povo. O imperador,ao ver a beleza deslumbrante daquela linda
menina lhe disse: “Não te assustes, eu não te faço mais guerra, mais
porei os meu soldados a teu lado contanto que me dês tua linda filha em
casamento”. Estes, com muita alegria, aceitaram tal proposta, ao que
Santa Filomena contestou energicamente, dizendo que já estava
comprometida com Jesus seu Divino Esposo. Seus pais e o imperador
fizeram de tudo para convence-la, mais foi tudo inútil. Então, o tírano
imperador vendo-se humilhado mandou prende-la e torturá-la
horrivelmente, pensando assim conseguir o seu intuito, mas ela, quanto
mais sofria, mais amava a Jesus; no fim de 37 dias de sofrimentos
indiziveis, Nossa Senhora lhe apareceu na prisão, a curou de suas chagas
e lhe restituiu a sua beleza, ficando mais formosa do que antes e lhe
disse: “sofrerás mais três dias, depois, Eu e meu amado Filho te
levaremos para o Céu”. O carrasco ao presenciar estes prodígios, se
converteu e se tornou cristão com toda a sua família. O imperador, ao
ver-se vencido, o amor que tinha por ela, transformou-se em ódio e por
isso mandou flecha-la, mas não a acertaram; pensando ser os deuses dela
que as desviavam, mandou aquecer as flechas no fogo e atirar nela, mas
as flechas em fogo, no lugar de acertar voltaram para trás e mataram
seis flecheiros, depois de derrotado com este prodígio, mandou jogá-la
no rio Tibre com uma ancora ao pescoço; veio um anjo e cortou a corda ,a
ancora foi para o fundo, onde se encontra até hoje, e Ela nem sequer
molhou o vestido.
A multidão que presenciava estes prodígios se converteu e glorificou a
Deus. Então o tirano não suportando mais a sua cólera deu ordens para
que fosse decapitada e assim sua alma voou gloriosamente para o céu, no
dia 10 de agosto, numa sexta-feira, às três horas da tarde como seu
Divino Esposo Jesus.
fonte: http://www.santuariosantafilomena.org.br/category/historia-de-santa-filomena/
O pai de Clara chamava-se Favarone; a mãe, Hortolana. Ela era a
filha mais velha e só teve duas irmãs: Catarina (mais tarde consagrada
com o nome de Inês por São Francisco) e Beatriz.
Houve uma revolta por parte dos plebeus de Assis que guerrearam
contra os nobres da cidade, obrigando-os a fugirem. A família de Clara
retirou-se inicialmente para o castelo de Corozano, antiga propriedade
da família, então mantido por Martinho de Corozano, primo de Santa
Clara, pai de Amata e Balvina, que também seriam Irmãs em São Damião.
Posteriormente, os nobres de Assis começaram a reunir-se na cidade
de Perusa, aliando-se aos nobres de lá para retomar Assis. Nessa época,
com tantas famílias reunidas, Clara e suas irmãs devem ter tido
oportunidade de ser instruídas por muitos bons professores. Mais tarde,
ela e Inês mostrariam ter uma excelente capacidade de escrever.
Mesmo nesse tempo, em Perusa, Clara deve ter tido um relacionamento
muito próximo com diversas jovens que haveriam de segui-la em São
Damião. Sabemos de Filipa de Gislério, Cristina de Parise, Cecília de
Gualtieri di Caciaguerra; e, conheceu também Benvinda de Perusa, outra
futura Irmã, que nesse tempo devia ter sido uma criada.
De Assis entraram, logo no começo, Pacífia de Guelfúcio e Catarina
(Inês), irmã de Clara. Mais tarde entraram também Hortolana, mãe de
Clara e, finalmente a irmã mais nova, Beatriz. Na mesma ocasião, também
São Francisco esteve em Perusa, preso depois da derrota dos assisienses
na batalha de Collestrada, em 1202.
Em 1210, foi possível um tratado de paz entre os nobres e os
plebeus de Assis. Monaldo, tio de Clara, conseguiu que fosse assinado
pelo potestá de Perusa um documento exigindo que Assis restaurasse a
praça de São Rufino, danificada e queimada em 1198.
Depois disso, é possível que a família, ou pelo menos Clara com
seus pais e irmãs tenham se abrigado como hóspedes no Mosteiro de São
Paulo da Abadessas, enquanto esperavam a reforma da casa paterna.
Foi no tempo posterior a sua volta para Assis que Clara teve as
melhores oportunidades de acompanhar sua mãe Hortolana no atendimento
dos pobres. Hortolana era muito piedosa e caridosa. Fazia muitas
peregrinações e já estivera até na Terra Santa, provavelmente até antes
do nascimento de Clara.
Em Assis, formou-se bem depressa a fama de que Clara era uma jovem
devota e recolhida. Os familiares sabiam que ela não queria casar-se.
Foram motivos que devem ter colaborado para que São Francisco quisesse falar com ela.
Em 1210 ou 1211, Clara e Francisco se encontraram. Eles tiveram
vários encontros, em que devem ter falado sobre Jesus, sobre a vocação
dela e sobre os planos para ela entrar em uma nova vida.
Antes de entrar, Clara vendeu tudo que lhe ia caber como dote
quando se casasse e distribuiu o dinheiro aos pobres. Francisco exigia
isso de seus discípulos, lembrando a exigência de Jesus ao moço rico.
Clara conta em seu Testamento espiritual que São Francisco teve uma
inspiração quando estava reformando a Igreja de São Damião e convidou
os pobres a ajudá-lo na construção de um futuro mosteiro onde "viveriam
umas mulheres de vida tão santa que isso repercutiria em toda a
Igreja". Ele começou uma restauração verdadeira da Igreja através das
pedras vivas que foram Clara e suas Irmãs, os frades e os seculares
franciscanos.
Francisco combinou com Clara que ela sairia de de casa no Domingo
de Ramos. Ela tinha que se apresentar na catedral com suas melhores
roupas (era o dia de seus esponsais com Cristo). Lá, o bispo Dom Guido,
lhe entregou um ramo de oliveira, como um sinal. De noite, depois de
afastar milagrosamente pesadas colunas e tronco, ela saiu pela "porta
dos mortos" (só usada quando havia algum enterro) e foi para a
Porciúncula, a capelinha de Nossa Senhor dos Anjos.
Na Porciúncula, depois de ter preparado tudo de acordo com o
cerimonial do tempo, fazendo os frades esperar com velas acesas e
conduzir a candidata até o altar, São Francisco cortou os cabelos dela,
como sinal de consagração, e lhe deu o hábito dos franciscanos.
Dessa forma, na Igrejinha de Santa Maria dos Anjos, que fora
preparada por Francisco no lugar desacampado chamado Porciúncula - mais
tarde doado pelos beneditinos aos franciscanos - nasceram a Ordem de
São Francisco e a Ordem de Santa Clara.
Depois da cerimônia, acompanhado por Frei Filipe, São Francisco
levou-a para o Mosteiro de beneditinas chamado São Paulo das Abadessas.
Foi uma caminhada de pouco mais de dois quilômetros a partir da
Porciúncula.
No dia seguinte, Monaldo, o irmão mais velho de Favarone - o pai de
Santa Clara - foi buscá-la com um pelotão de soldados. Mas desistiu
diante dela e des seus gestos de consagração. Tirando o capuz que tinha
na cabeça, Clara mostrou que estava consagrada, porque tinha os cabelos
cortados. Todos compreenderam que o tio só poderia levá-la com
permissão do bispo. O tio Monaldo se retirou e as beneditinas
protegeram a jovem Clara.
Quinze dias depois : Provavelmente para que Clara conhecesse outro
estilo de vida consagrada: a de leigas que estavam reunidas em uma
igreja do bosque, Francisco levou-a para um lugar chamado Santo Ângelo
de Panço. Mesmo estando afastado da cidade o local era conhecido porque
por ele passavam, já antes de Cristo, as águas levadas para Assis.
Alertado de que o tio Monaldo fora buscar Catarina que se unira a
Clara, São Francisco veio também consagrá-la, mudando então o seu nome
para Inês. Depois de alguns meses em Panço, Clara e Inês foram morar
definitivamente no santuário de São Damião, que São Francisco tinha
preparado para elas e para suas novas irmãs que foram chegando.
Vindas de famílias pobres ou ricas, todas, em São Damião, eram
igualmente Irmãs. Foi uma grande inovação de Clara: nos Mosteiros
antigos, só as nobres ou ricas eram monjas, rezavam o Ofício Divino e
apreendiam a ler e escrever. As outras eram chamadas de "conversas" e
pegavam o trabalho pesado.
As clarissas dedicavam muito tempo à oração, mas também se
dedicavam a trabalhos domésticos e a fiar, tecer e costurar. Algumas
saíam para ir prestar serviço às pessoas necessitadas.
Chamamos de "Forma de vida" a Regra escrita por Santa Clara. Foi
uma de suas preciosas iniciativas. Antes dela, as mulheres religiosas
seguiam as mesmas Regras escritas para os homens, sem adaptações. A
partir do seu tempo, todas as Regras femininas aproveitaram suas
propostas.
Não foi fácil para Santa Clara ter a sua própria Forma de Vida.
Para ela, a Regra era uma maneira de viver o mistério de Jesus Cristo de
acordo com a proposta de São Francisco. Foi obrigada a seguir a Regra
de São Bento e suas adaptações feitas pelos Papas Gregório IX e
Inocêncio IV. Só em 1252 pode escrever a sua, que foi aprovada em 1253,
dois dias antes de sua morte.
Ainda está guardado, no Proto-Mosteiro de Assis, o original do
"Privilégio da Pobreza" concedido a Santa Clara pelo Papa Gregório IX,
em 1228.
Santa Clara teceu sua Regra ao redor da "Forma de Vida" que São Francisco lhe deu quando ela entrou na Ordem:
"Desde que, por inspiração divina, vos fizestes filhas e servas do
Altíssimo Sumo Rei Pai celeste e desposastes o Espírito Santo, optando
por uma vida de acordo com a perfeição do Santo Evangelho, eu quero e
prometo, por mim e por meus frades, ter por vós o mesmo cuidado
diligente e uma solicitude especial, como por eles".
O "Testamento"
"Entre outros benefícios que temos recebido e ainda recebemos
diariamente da generosidade do Pai de toda misericórdia e pelos quais
mais temos que agradecer ao glorioso Pai de Cristo, está a nossa
vocação que, quanto maior e mais perfeita, mais a Ele é devida".
"Pois o próprio Senhor colocou-nos não só como modelo, exemplo e
espelho para os outros, mas também para nossas irmãs, que ele vai
chamar para a nossa vocação, para que também elas sejam espelho e
exemplo para os que vivem no mundo. Portanto, se o Senhor nos chamou a
coisas tão elevadas que em nós possam espelhar-se as que deverão ser
exemplo e espelho para os outros, estamos bem obrigadas a bendizer e
louvar a Deus, dando força ainda maior umas às outras para fazer o bem
no Senhor".
No ano de 1253, depois de sessenta anos de vida terrena, de pouco
mais de quarenta anos de consagração religiosa, de uma enfermidade de
quase trinta anos e de uma intensa vida de oração, chegou a hora de
Clara ir ao encontro do Esposo. Passou seus últimos dias na cama.
Confortada pela presença de suas irmãs e dos antigos companheiros de
São Francisco, ela ainda deixou grandes ensinamentos. Na antevéspera de
sua morte, foi atendido o seu último desejo: Receber a Regra assinada
pelo Papa Inocêncio IV para poder beijá-la antes de morrer. Quando um
dos frades a exortou a ser paciente nos sofrimentos, ela respondeu:
" Irmão querido, desde que conheci a graça de meu Senhor Jesus
Cristo por meio do seu servo Francisco, nunca mais pena alguma me foi
molesta, nenhuma penitência foi pesada, doença alguma foi dura."
Nos últimos momentos, falou com sua própria alma dizendo:
" Vá segura, que você tem uma boa escolha para o caminho. Vá,
porque Aquele que a criou também a santificou. E, guardando-a sempre
como uma mãe guarda o filho, amou -a com eterno amor. E bendito sejais
Vós, Senhor, que me criastes!"
Quando Santa Clara morreu, considerando a grande devoção do povo
pelos santos, o Papa mandou enterrá-la na Igreja de São Jorge, onde
também São Francisco tinha sido enterrado. Depois disso, construiu-se ao
lado, a basílica de Santa Clara, para onde seu corpo foi solenemente
transladado em 1260. Em 1850, seus restos mortais foram redescobertos.
fonte: http://www.paroquiasantaclara.com.br/Vida35.php
Dia 10 de Agosto festejamos, a vida de santidade e martírio do
Diácono que nem chicotes, algozes, chamas, tormentos e correntes
puderam contra sua fé e amor ao Cristo. Lourenço, espanhol, natural de
Huesca, foi um Diácono de bom humor que servia a Deus na Igreja de Roma
durante meados do Século III.
Conta-nos a história que São Lourenço como primeiro dos Diáconos
tinha grande amizade com o Papa Sisto II, tanto assim que ao vê-lo indo
para o martírio falou: "Ó pai, aonde vais sem o teu filho? Tu que
jamais ofereceste o sacrifício sem a assistência do teu Diácono, vais
agora sozinho, para o martírio?". E o Papa respondeu: "Mais uns dias e
te aguarda uma coroa mais bonita!". São Lourenço era também responsável
pela administração dos bens da Igreja que sustentava muitos
necessitados.
Diante da perseguição do Imperador Valeriano, o prefeito local
exigiu de Lourenço os tesouros da Igreja, para isto o Santo Diácono
pediu um prazo, o qual foi o suficiente para reunir no átrio os órfãos,
os cegos, os coxos, as viúvas, os idosos... Todos os que a Igreja
socorria, e no fim do prazo - com bom humor - disse: "Eis aqui os
nossos tesouros, que nunca diminuem, e podem ser encontrados em toda
parte".
Sentindo-se iludido, o prefeito sujeitou o santo a diversos
tormentos, até colocá-lo sobre um braseiro ardente; São Lourenço que
sofreu o martírio em 258, não parava de interceder por todos, e mesmo
assim encontrou - no Espírito Santo - força para dizer no auge do
sofrimento na grelha: "Vira-me que já estou bem assado deste lado".
Roma cristã venera o santo espanhol com a mesma veneração e
respeito com que honra seus primeiros Apóstolos. Depois de São Pedro e
São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia
romana.
O que foi Santo Estevão em Jerusalém, isso mesmo o foi São Lourenço em Roma.
São Lourenço, rogai por nós!
fonte: http://www.igrejasaolourenco.com.br/padroeiro.shtml
Pedro Julião Eymard nasceu no norte da França, em Esère, no dia 4
de fevereiro de 1811, primeiro filho de um casal de simples
comerciantes, profundamente religioso. Todos os dias, sua mãe levava-o à
igreja, para receber a bênção eucarística. Assim, aos cinco anos de
idade, despontou sua vocação religiosa e sacerdotal.
Mas encontrou a objeção do seu pai. Apesar de muito religioso, ele
não concordou com a decisão do filho, porque precisava da sua ajuda no
trabalho, para sustentar a casa. Além disto, não tinha condições de
pagar as despesas dos estudos no seminário. Diante desses fatos, só lhe
restava rezar muito enquanto trabalhava e, às escondidas, estudar o
latim. Em 1834, conseguiu realizar o seu sonho, recebendo a ordenação
sacerdotal na sua própria diocese de origem.
Após alguns anos no ministério pastoral, em 1839, padre Eymard
entrou na recém-fundada Congregação dos Padres Maristas, em Lyon. Nesta
Ordem permaneceu durante dezessete anos, chegando a ocupar altos
cargos. Foi quando recebeu de Maria Santíssima a missão de fundar uma
obra dedicada à adoração perpétua da eucaristia.
Aliás, padre Eymard já notava que havia um certo distanciamento do
povo da Igreja. Algo precisava ser feito. Rezou muito, pediu conselhos
aos superiores e para o próprio papa Pio IX. Entretanto, percebeu que
por meio do Instituto dos Maristas não poderia executar o que era
preciso. Deixou o Instituto e foi para Paris.
Lá, em 1856, com a ajuda do arcebispo de Paris, fundou a
Congregação dos Padres do Santíssimo Sacramento. E, depois de três
anos, a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Santíssimo
Sacramento. Mais tarde, também fundou uma Ordem Terceira, em que leigos
comprometem-se na adoração do Santíssimo Sacramento.
Padre Pedro Julião Eymard foi incansável, viajando por toda a
França, para levar sua mensagem eucarística. Como seu legado, além da
nova Ordem, deixou inúmeros escritos sobre a espiritualidade
eucarística.
Muito doente, ele faleceu na sua cidade natal no dia 1º de agosto
de 1868, com apenas cinqüenta e sete anos de idade. Beatificado pelo
papa Pio XI em 1925, foi canonizado pelo papa João XXIII em 1962. Na
ocasião, foi designado que a memória litúrgica de são Pedro Julião
Eymard deve ser celebrada em 2 de agosto, um dia após o de sua morte.
São Pedro Julião Eymardn fundou a Congregação dos Padres do
Santíssimo Sacramento e a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do
Santíssimo Sacramento.
fonte: paulinas.org.br