Um dos arcanjos venerados pelo nome na igreja como Miguel e
Gabriel. O nome Rafael significa "Aquele que cura" e por isso é
considerado um dos anjos de cura. Ele é honrado na tradição cristã como
o líder dos anjos guardiões, o anjo dos conhecimentos e o anjo da
ciência. No Velho Testamento, Rafael parece no livro de Tobias, no qual
ele provê muita ajuda a Tobias para se livrar dos tormentos do demônio
Asmodeus.
No fim do livro ele diz a Tobias: "Eu sou Rafael, um dos sete anjos
que estão sempre presentes e têm acesso junto à Gloria do Senhor"
(12:15). Ele não é mencionado no Novo Testamento, mas a tradição o
identifica como o anjo da ovelha em João 5:2.
Rafael também é figura proeminente nos costumes do Judaísmo (ele é
um dos três anjos que visitaram a Abraão antes da destruição de Sodoma e
Gomorra). Poetas também fazem Rafael uma parte da sua famosa
composição como é o caso de Milton no Paraíso Perdido no qual o anjo é
chamado de "um espírito sociável" que viaja com Tobias.
Na arte litúrgica da Igreja é mostrado como um jovem carregando um
bastão, para auxiliá-lo na caminhada e/ou um peixe porque foi com o fel
do peixe que Rafael mandou Tobias untar os olhos do pai para que
ficasse curado (livro de Tobias).
Sua festa é celebrada no dia 29 de setembro, junto com Gabriel e Miguel.
Deve se notar que "anjo" denota uma função e não uma natureza.
Aqueles santos espíritos no céu têm sido chamados de anjos. Mas eles só
devem ser chamados de anjos quando entregam alguma mensagem e aqueles
que entregam mensagens de suprema importância são chamados arcanjos.
"Rafael significa remédio de Deus e quando ele tocou os olhos de
Tobit para curá-lo, ele baniu a escuridão de sua cegueira. Assim ele é
por justa causa chamado aquele que cura".
Trecho de uma homilia do Papa São Gregório o Magno
fonte: http://www.paroquiasaorafael.org.br
São Miguel Arcanjo, cujo nome significa "o que é um com Deus", é
considerado o chefe dos exércitos celestiais e o padroeiro da Igreja
Católica Universal. É o anjo do arrependimento e da justiça. Seu nome é
citado três vezes na Bíblia Sagrada:
Primeiro no capítulo 12 do
livro de Daniel, onde lemos: "Ao final dos tempos aparecerá Miguel, o
grande Príncipe que defende os filhos do povo de Deus. E então os mortos
ressuscitarão. Os que fizeram o bem, para a Vida Eterna, e os que
fizeram o mal, para o horror eterno".
No capítulo 12 do Livro do
Apocalipse encontramos o seguinte: "Houve uma grande batalha no céu.
Miguel e seus anjos lutaram contra Satanás e suas legiões, que foram
derrotadas, e não houve lugar para eles no céu. Foi precipitada a antiga
serpente, o diabo, o sedutor do mundo. Ai da terra e do mar, porque o
demônio desceu a vós com grande ira, sabendo que lhe resta pouco tempo".
Na
carta de São Judas, lê-se: "O Arcanjo Miguel, quando enfrentou o diabo,
disse: "Que o Senhor o condene". Por isso São Miguel é mostrado
atacando o dragão infernal.
A Igreja Católica tem uma grande
devoção por São Miguel Arcanjo, especialmente para pedir-lhe que nos
livre das ciladas do demônio e dos espíritos maléficos. E quando o
invocamos, ele nos defende, com o grande poder que Deus lhe concedeu, e
nos protege contra os perigos, as forças do mal e os inimigos.
Passagens Bíblicas
Epístola
de S. Judas I; 9 - "Ora, quando o arcanjo Miguel discutia com o demônio
e lhe disputava o corpo de Moisés, não ousou fulminar contra ele uma
sentença de execração, mas disse somente: - Que o próprio Senhor te
repreenda". (O texto alude a uma antiga tradição judaica sobre a disputa
havida entre Miguel e Satã em torno do corpo de Moisés. São Miguel
escondeu o túmulo de Moisés. Mas, Satã o encontrou e depois de abri-lo
tentou induzir o povo judeu ao pecado de adoração a um herói).
Apocalipse
XII; 7 - "Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram de
combater o dragão. O dragão e seus anjos travaram combate, mas não
prevaleceram".
Pois bem, fiéis a essas indicações das escrituras sagradas, os cristãos atribuem a São Miguel Arcanjo as seguintes tarefas:
Combater Satã e os poderes das trevas.
Resgatar as almas dos fiéis que estejam sob o domínio do demônio, especialmente na hora da morte.
Ser o protetor e defensor do povo de Deus, o que inclui também os judeus no Antigo Testamento.
Disse
o Papa Beato Pio IX: "São Miguel é quem tem maior capacidade para
exterminar as forças malditas, filhas de satanás, que geraram a ruína da
sociedade cristã".
O Papa São Pio X disse: "Deus, na primeira
luta, venceu, servindo-se do Arcanjo São Miguel, devemos, portanto,
acreditar firmemente que a luta atual terminará triunfante e também,
como outrora, com o socorro e ajuda deste Arcanjo bendito!".
O
Papa Pio XII proclamou em 08 de maio de 1940, que: "era urgente hoje,
mais do que nunca, recorrer à proteção de São Miguel, lembrando que ele é
o protetor e o defensor da igreja e dos fiéis, o guardião do Paraíso, o
apresentador das almas junto de DEUS; o Anjo da Paz e o Vencedor de
satanás".
E no dia 08 de maio de 1945, fez novamente outro apelo:
"Desfraldai o Estandarte do insigne Arcanjo, repeti o seu grito: QUEM É
COMO DEUS?".
São Francisco de Sales dizia: "A veneração a São
Miguel é o maior remédio contra a rebeldia e a desobediência aos
mandamentos de Deus, e contra o ateísmo, asceticismo e a infidelidade."
Precisamente, estes vícios são muitos evidentes nos nossos tempos. Mais
do que nunca na nossa era atual necessitamos da ajuda de São Miguel a
fim de mantermos fieis a Fé. O ateísmo e a falta de fé estão infiltrado
todos os setores da sociedade humana. É nossa missão como fieis
católicos confessar nossa fé com valentia e gozo, e demonstrar com zelo
nosso amor por Jesus Cristo".
E São Boaventura disse: "Nossa
Senhora nos manda o Príncipe São Miguel com todos os Anjos, para que
imediatamente os defenda das investiduras dos demônios e recebam as
almas de todos os que a Ela continuamente se têm encomendado."
"Glorioso
Arcanjo São Miguel, Príncipe da Milícia Celeste, protetor das almas, eu
vos chamo e invoco para que me livres de toda adversidade e de todo
pecado, fazendo-me progredir no serviço de Deus e conseguindo-me Dele a
graça da perseverança final, para que eu possa habitar na casa do Senhor
todos os dias de minha vida.Amém."
São Miguel, o mais popular de
todos os arcanjos, é um guerreiro, um cavaleiro, o condestável das
milícias celestes que dirige o combate contra os anjos rebeldes que
precipita no abismo. No Apocalipse, salva a Mulher que acaba de dar à
luz, símbolo da Virgem e da Igreja, combatendo contra o dragão das sete
cabeças. É o santo condutor dos mortos cujas almas pesará no dia do
Julgamento. A Igreja católica romana considera-o como seu defensor.
Enquadrado
pelas próprias asas que acentuam a verticalidade da figura juvenil, é
aqui representado combatendo o dragão–diabo, tal como é descrito no
Apocalipse - " ... Miguel e os seus anjos combateram o dragão... O
grande dragão chamado Diabo ou Satanás foi expulso da terra, ... ", e
como o pesador das almas. Por isso, olhando o prato direito da balança
que segura na mão esquerda, espera recolher as almas dos justos.
fonte: Paróquia São Miguel Arcanjo - Guaçu/ES http://www.psmiguel.com.br/index.php?option=com_content&view=category&id=59&Itemid=70
Cosme e Damião eram irmãos e cristãos. Na verdade, não se sabe
exatamente se eles eram gêmeos. Mas nasceram na Arábia e viveram na Ásia
Menor, Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram um enorme
talento para a medicina. Estudaram e diplomaram-se na Síria, exercendo a
profissão de médico com muita competência e dignidade. Inspirados pelo
Espírito Santo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Com
isso, seus tratamentos e curas a doentes, muitas vezes à beira da
morte, eram vistos como verdadeiros milagres.
Deixavam pasmos os mais céticos dos pagãos, pois não cobravam
absolutamente nada por isso. A riqueza que mais os atraía era fazer de
sua arte médica também o seu apostolado para a conversão dos pagãos, o
que, a cada dia, conseguiam mais e mais.
Isso despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável
perseguidor do povo cristão. Na Ásia Menor, o governador deu ordens
imediatas para que os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de
feitiçaria e de usarem meios diabólicos em suas curas.
Mandou que fossem barbaramente torturados por negarem-se a
aceitar os deuses pagãos. Em seguida, foram decapitados. O ano não pode
ser confirmado, mas com certeza foi no século IV. Os fatos ocorreram em
Ciro, cidade vizinha a Antioquia, Síria, onde foram sepultados. Mais
tarde, seus corpos foram trasladados para uma igreja dedicada a eles.
Quando o imperador Justiniano, por volta do ano 530, ficou
gravemente enfermo, deu ordens para que se construísse, em
Constantinopla, uma grandiosa igreja em honra dos seus protetores. Mas a
fama dos dois correu rápida no Ocidente também, a partir de Roma, com a
basílica dedicada a eles, construída, a pedido do papa Félix IV, entre
526 e 530. Tal solenidade ocorreu num dia 26 de setembro; assim,
passaram a ser festejados nesta data.
Os nomes de são Cosme e são Damião, entretanto, são pronunciados
infinitas vezes, todos os dias, no mundo inteiro, porque, a partir do
século VI, eles foram incluídos no cânone da missa, fechando o elenco
dos mártires citados. Os santos Cosme e Damião são venerados como
padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e das faculdades de medicina.
fonte:http://www.diocesedeanapolis.org.br/2012/diocese-dados-gerais/clero/sacerdotes-religiosos/1909.html
Tal como o apóstolo Paulo, o Padre Pio de Pietrelcina colocou,
no vértice da sua vida e do seu apostolado, a Cruz do seu Senhor como
sua força, sabedoria e glória. Abrasado de amor por Jesus Cristo, com
Ele se configurou imolando-se pela salvação do mundo. Foi tão generoso e
perfeito no seguimento e imitação de Cristo Crucificado, que poderia
ter dito: «Estou crucificado com Cristo; já não sou eu que vivo, é
Cristo que vive em mim» (Gál 2, 19). E os tesouros de graça que Deus
lhe concedera com singular abundância, dispensou-os ele incessantemente
com o seu ministério, servindo os homens e mulheres que a ele acorriam
em número sempre maior e gerando uma multidão de filhos e filhas
espirituais.
Este digníssimo seguidor de S. Francisco de Assis nasceu no dia 25
de Maio de 1887 em Pietrelcina, na arquidiocese de Benevento, filho de
Grazio Forgione e de Maria Giuseppa de Nunzio. Foi baptizado no dia
seguinte, recebendo o nome de Francisco. Recebeu o sacramento do Crisma e
a Primeira Comunhão, quando tinha 12 anos.
Aos 16 anos, no dia 6 de Janeiro de 1903, entrou no noviciado da
Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone, tendo aí vestido o
hábito franciscano no dia 22 do mesmo mês, e ficou a chamar-se Frei Pio.
Terminado o ano de noviciado, fez a profissão dos votos simples e, no dia 27 de Janeiro de 1907, a dos votos solenes.
Depois da Ordenação Sacerdotal, recebida no dia 10 de Agosto de
1910 em Benevento, precisou de ficar com sua família até 1916, por
motivos de saúde. Em Setembro desse ano de 1916, foi mandado para o
convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até à morte. Abrasado
pelo amor de Deus e do próximo, o Padre Pio viveu em plenitude a
vocação de contribuir para a redenção do homem, segundo a missão
especial que caracterizou toda a sua vida e que ele cumpriu através da
direcção espiritual dos fiéis, da reconciliação sacramental dos
penitentes e da celebração da Eucaristia. O momento mais alto da sua
atividade apostólica era aquele em que celebrava a Santa Missa. Os fiéis
que nela participavam, pressentiam o ponto mais alto e a plenitude da
sua espiritualidade.
No campo da caridade social, esforçou-se por aliviar os sofrimentos
e misérias de tantas famílias, principalmente com a fundação da «Casa
Sollievo della Sofferenza» (Casa Alívio do Sofrimento), que foi
inaugurada no dia 5 de Maio de 1956.
Para o Servo de Deus, a fé era a vida: tudo desejava e tudo fazia à
luz da fé. Empenhou-se assiduamente na oração. Passava o dia e grande
parte da noite em colóquio com Deus. Dizia: «Nos livros, procuramos
Deus; na oração, encontramo-Lo. A oração é a chave que abre o coração de
Deus». A fé levou-o a aceitar sempre a vontade misteriosa de Deus.
Viveu imerso nas realidades sobrenaturais. Não só era o homem da
esperança e da confiança total em Deus, mas, com as palavras e o
exemplo, infundia estas virtudes em todos aqueles que se aproximavam
dele.O amor de Deus inundava-o, saciando todos os seus anseios; a
caridade era o princípio inspirador do seu dia: amar a Deus e fazê-Lo
amar. A sua particular preocupação: crescer e fazer crescer na
caridade.
A máxima expressão da sua caridade para com o próximo ve-mo-la no
acolhimento prestado por ele, durante mais de 50 anos, às inúmeras
pessoas que acorriam ao seu ministério e ao seu confessionário, ao seu
conselho e ao seu conforto. Parecia um assédio: procuravam-no na
igreja, na sacristia, no convento. E ele prestava-se a todos, fazendo
renascer a fé, espalhando a graça, iluminando. Mas, sobretudo nos
pobres, atribulados e doentes, ele via a imagem de Cristo e a eles se
entregava de modo especial. Exerceu de modo exemplar a virtude da
prudência; agia e aconselhava à luz de Deus. O seu interesse era a
glória de Deus e o bem das almas. A todos tratou com justiça, com
lealdade e grande respeito.
Nele refulgiu a virtude da fortaleza. Bem cedo compreendeu que o
seu caminho haveria de ser o da Cruz, e logo o aceitou com coragem e
por amor. Durante muitos anos, experimentou os sofrimentos da alma. Ao
longo de vários anos, suportou, com serenidade admirável, as dores das
suas chagas. Aceitou em silêncio as numerosas tomadas de posição das
Autoridade e, frente às calúnias, sempre ficou calado.
Recorreu habitualmente à mortificação para conseguir a virtude da
temperança, conforme o estilo franciscano. Era temperante na
mentalidade e no modo de viver. Consciente dos compromissos assumidos
com a vida consagrada, observou com generosidade os votos professados.
Foi obediente em tudo às ordens dos seus Superiores, mesmo quando
eram gravosas. A sua obediência era sobrenatural na intenção, universal
na extensão e integral no cumprimento. Exercitou o espírito de
pobreza, com total desapego de si próprio, dos bens terrenos, das
comodidades e das honrarias. Sempre teve uma grande predilecção pela
virtude da castidade. O seu comportamento era, em todo o lado e para
com todos, modesto.
Considerava-se, sinceramente, inútil, indigno dos dons de Deus,
cheio de misérias e ao mesmo tempo de favores divinos. No meio de tanta
admiração do mundo, ele repetia: «Quero ser apenas um pobre frade que
reza». Desde a juventude, a sua saúde não foi muito brilhante e,
sobretudo nos últimos anos da sua vida, declinou rapidamente. A irmã
morte levou-o, preparado e sereno, no dia 23 de Setembro de 1968; tinha
ele 81 anos de idade. O seu funeral caracterizou-se por uma afluência
absolutamente extraordinária de gente.
No dia 20 de Fevereiro de 1971, apenas três anos depois da morte do
Servo de Deus, Paulo VI, dirigindo-se aos Superiores da Ordem dos
Capuchinhos, disse dele: «Olhai a fama que alcançou, quantos devotos do
mundo inteiro se reúnem ao seu redor! Mas porquê? Por ser talvez um
filósofo? Por ser um sábio? Por ter muitos meios à sua disposição?
Não! Porque celebrava a Missa humildemente, confessava de manhã até
à noite e era – como dizê-lo?! – a imagem impressa dos estigmas de
nosso Senhor. Era um homem de oração e de sofrimento. Já gozava de larga
fama de santidade durante a sua vida, devido às suas virtudes, ao seu
espírito de oração, de sacrifício e de dedicação total ao bem das
almas.
Nos anos que se seguiram à sua morte, a fama de santidade e de
milagres foi crescendo cada vez mais, tornando-se um fenómeno eclesial,
espalhado por todo o mundo e em todas as categorias de pessoas. Assim
Deus manifestava à Igreja a vontade de glorificar na terra o seu Servo
fiel. Não tinha ainda passado muito tempo quando a Ordem dos Frades
Menores Capuchinhos empreendeu os passos previstos na lei canónica para
dar início à Causa de beatificação e canonização.
Depois de tudo examinado, como manda o Motu proprio «Sanctitas
Clarior», a Santa Sé concedeu o nihil obstat no dia 29 de Novembro de
1982. O Arcebispo de Manfredónia pôde assim proceder à introdução da
Causa e à celebração do processo de averiguação (1983-1990). No dia 7
de Dezembro de 1990, a Congregação das Causas dos Santos reconheceu a
sua validade jurídica. Ultimada a Positio, discutiu-se, como é costume,
se o Servo de Deus tinha exercitado as virtudes em grau heróico. No
dia 13 de Junho de 1997, realizou-se o Congresso Peculiar dos
Consultores Teólogos, com resultado positivo.
Na Sessão Ordinária de 21 de Outubro seguinte, tendo como Ponente
da Causa o Ex.mo e Rev.mo D. Andrea Maria Erba, Bispo de
Velletri-Segni, os Cardeais e Bispos reconheceram que o Padre Pio de
Pietrelcina exercitou em grau heróico as virtudes teologais, cardeais e
anexas.
No dia 18 de Dezembro de 1997, na presença do Papa João Pau-lo II
foi promulgado o Decreto sobre a heroicidade das virtudes. Para a
beatificação do Padre Pio, a Postulação apresentou ao Dicastério
competente a cura da senhora Consiglia de Martino, de Salerno. Sobre o
caso desenrolou-se o Processo canónico regular no Tribunal Eclesiástico
da arquidiocese de Salerno-Campanha-Acerno, desde Julho de 1996 até
Junho de 1997, tendo sido reconhecido como válido por decreto de 26 de
Setembro de 1997. Na Congregação das Causas dos Santos, realizou-se, no
dia 30 de Abril de 1998, o exame da Consulta Médica e, no dia 22 de
Junho do mesmo ano, o Congresso Peculiar dos Consultores Teólogos. No
dia 20 de Outubro seguinte, reuniu-se no Vaticano a Congregação
Ordinária dos Cardeais e Bispos, membros do Dicastério, sendo Ponente D.
Andrea M. Erba; e, no dia 21 de Dezembro de 1998, foi promulgado, na
presença do Papa João Paulo II, o Decreto sobre o milagre.
No dia 2 de Maio de 1999, durante uma solene Celebração Eucarística
na Praça de São Pedro, Sua Santidade João Paulo II, com sua autoridade
apostólica, declarou Beato o Venerável Servo de Deus Pio de
Pietrelcina, estabelecendo no dia 23 de Setembro a data da sua festa
litúrgica. Para a canonização do Beato Pio de Pietrelcina, a Postulação
apresentou ao competente Dicastério o restabelecimento do pequeno
Matteo Pio Collela de São Giovanni Rotondo. Sobre este caso foi
elaborado um processo canónico no Tribunal Eclesiástico da arquidiocese
de Manfredonia-Vieste, que decorren de 11 de Junho a 17 de Outubro de
2000. No dia 23 de Outubro de 2000, a documentação foi entregue à
Congregação das Causas dos Santos. No dia 22 de Novembro de 2001 é
aprovado, na Congregação das Causas dos Santos, o exame da Consulta
Médica. No dia 11 de Dezembro de 2001, é julgado pelo Congresso
Peculiar dos Consultores Teólogos e, no dia 18 do mesmo mês, pela
Sessão Ordinária dos Cardeais e Bispos. No dia 20 de Dezembro, na
presença do Papa João Paulo II, foi promulgado o Decreto sobre o
milagre; no dia 26 de Fevereiro de 2002, foi publicado o Decreto sobre a
sua canonização.
fonte: http://www.paroquiasaopio.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=60&Itemid=127
O Evangelho apresenta pela primeira vez Mateus em Cafarnaum, uma
das cidades mais florescentes da Palestina, situada à beira do lago de
Genesaré. Lá, Mateus tinha um expediente para cobrança de impostos, em
nome da autoridade romana.
A cobrança dos impostos imperiais era geralmente feita por
rendeiros públicos, homens exploradores que o povo odiava e até chamava
de publicanos, e que significava pecadores públicos, equiparados aos
pagãos.
Jesus mostrou grande simpatia pela cidade de Cafarnaum, tanto que
os Evangelhos a chamam de "sua cidade". Aí, Jesus doutrinou
freqüentemente e realizou muitos milagres. Numa destas ocasiões, em que
Ele tinha pregado na praia de Cafarnaum, Chamava-se telônio o local
onde se efetivava o pagamento dos tributos e onde também se trocava
moeda estrangeira, um misto de casa de câmbio e de pagamento dos
tributos. Em sua peregrinação, Cristo passa diante do telônio de Levi,
que era seu nome antes da conversão; pára, e o chama:
"Segue-me". Levi se levanta, acompanha o Mestre e abandona seus
rendosos negócios. Troca de nome e de vida. Diz São Jerônimo que Levi,
vendo Nosso Senhor, ficou atraído pelo brilho da divina majestade que
fulgurava em seus olhos.
É de se supor que tal decisão não tenha sido o fruto de um
entusiasmo improvisado, mas que tenha tomado esta resolução devido ao
que vira e ouvira sobre Jesus de modo que o convite positivo do Mestre
lhe tenha posto fim às últimas dúvidas sobre a orientação de sua vida
futura.
São Beda, comentando este fato, observa que Levi se converteu
porque aquele que o chamou pela palavra lhe tocou o coração pela graça
divina.
Mateus, nome hebraico, que significa "dom de Deus", ofereceu em
seguida um grande banquete de despedida aos amigos e colegas,
convidando também Jesus com os outros apóstolos. Os fariseus e escribas
que observavam todos os gestos de Cristo, vendo que este aceitara o
convite, acusaram-no dizendo: "Este homem anda com publicanos e
pecadores e senta-se à mesa com eles". Também os discípulos de Jesus
tiveram que ouvir reclamações: "Como é que o vosso Mestre senta-se à
mesa com os pecadores?" Jesus, ao ouvir isto, respondeu: "Não são os
sãos, mas sim os doentes que necessitam do médico. Eu não vim chamar os
justos, mas os pecadores".
O Evangelho de Mateus
São Mateus é o autor do primeiro evangelho escrito entre os anos 60
e 90. Escrito provavelmente em Hebraico ou em Aramaico na sua forma
original. Alguns estudiosos dizem que provavelmente São Mateus estava em
Antióquia, Síria, quando escreveu o Evangelho. São Mateus no seu
Evangelho provê um retrato extremamente bem feito de Cristo, inclusive
sua genealogia, ministério, paixão, e ressurreição. Todo o seu
evangelho é destinado a prover um verdadeiro reconhecimento de que
Cristo era o Messias. O seu evangelho é considerado por muitos como o
mais completo e o mais lindo.
O Evangelho de Mateus apresenta Jesus como o Messias, o Salvador
que Deus tinha prometido enviar ao mundo. O Evangelho começa com a
lista dos antepassados de Jesus, ligando-o assim à história do povo de
Deus.
Jesus é aquele em quem se cumprem as promessas feitas ao rei Davi e
a Abraão, o pai do povo escolhido. Em seguida o autor fala do
nascimento de Jesus, citando, passo a passo, textos do Antigo Testamento
a fim de provar que Jesus é, de fato, o Messias que Deus enviou (Mt
1.23; 2.5-6; 2.15; 2.17-18; 2.23).
Neste Evangelho os fatos da vida de Jesus aparecem na mesma ordem
seguida no Evangelho de Marcos. Depois de ser batizado no rio Jordão
por João Batista, Jesus é tentado no deserto e em seguida vai para a
Galiléia, onde ensina multidões, cura doentes e expulsa demônios.
Mateus dá muita importância aos ensinamentos de Jesus e junta muitos deles em cinco grandes discursos:
• O Sermão do Monte, em que Jesus fala a respeito do caráter, dos
deveres, dos privilégios e do destino daqueles que pertencem ao Reino
do Céu (Mt 5-7); • Instruções dadas aos doze apóstolos para a sua missão
de anunciar a vinda do Reino do Céu e de curar os doentes (Mt 10); •
Os segredos do Reino do Céu, apresentados em forma de parábolas (Mt
13); • Ensinamentos a respeito da Igreja, a nova comunidade composta
dos seguidores de Jesus (Mt 18); • Ensinamentos sobre o fim do mundo e a
vinda do Reino do Céu (Mt 24-25).
• Além desses cinco discursos, Mateus registra outras palavras de
Jesus como, por exemplo, as condenações que ele faz contra os
professores da Lei e aos fariseus (Mt 23.1-36).
Seus escritos não devem ser confundidos com as Traduções e outras
obras associadas ao Apóstolo Matias, embora seu evangelho hebraico
tenha sido chamado de Evangelho de Matias - uma questão confusa para o
leitor de língua Portuguesa. Alguns estudiosos acreditam que os
fragmentos existentes do "Evangelho Segundo os Hebreus", seja uma
versão do evangelho hebraico ou aramaico original de Mateus.
O Bispo Papias, discípulo do Apóstolo João, que viveu no final do
primeiro século, é citado por Eusebius afirmando que Mateus compôs em
aramaico os "Oráculos do Senhor", então traduzidos para o grego "por
cada homem que fosse capaz". Este é um importante testemunho, já que
Papias passou grande parte de seu ministério coletando as primeiras
memórias orais dos Apóstolos e seus discípulos. Clemente de Alexandria
diz que ele não morreu violentamente, mas o Talmud afirma que ele foi
condenado a morte pelo Sanedrin judaico. Apesar da confusão entre as
tradições de Mateus e Matias, parece que foi realmente Mateus quem se
associou a André, sendo que existe um apócrifo intitulado "Atos de
André e Mateus".
A missão como Evangelizador
Após a cena descrita no chamado "Evangelho do Espírito Santo", na
qual os apóstolos receberam o dom da sabedoria, saíram os mesmos pelas
várias regiões para a difusão religiosa. Mateus pregou, em primeiro
lugar, na própria Palestina, e em seguida, dirigiu-se à Arábia e
Pérsia, deslocando-se finalmente para a Etiópia, onde encontrou a morte.
Diz São Clemente que Mateus era um santo de penitência e
mortificações. Alimentava-se de ervas, frutas e raízes.
Sofreu maus tratos e foi hostilizado na Arábia e na Pérsia. Teve os
olhos arrancados e foi colocado na prisão na cidade de Mirmene, onde
aguardaria sua execução, a ser feita em data solene consagrada a deuses
pagãos. Na prisão, onde estava acorrentado, recebe o milagre divino da
restituição dos seus olhos e da sua libertação. Alcança a Etiópia, onde
prega a doutrina cristã pela última vez. É repelido e encontra forte
oposição dos guias religiosos pagãos etíopes.
Ocorre, entretanto, uma consternação real. Falecido o jovem
príncipe Eufranon, São Mateus é chamado e realiza um milagre que causa
admiração: ressuscita o morto. Esse fato repercutiu em todo o reino.
Incensado, bajulado e endeusado, São Mateus trata de colocar as
coisas em seus devidos termos e diz: “Eu não sou Deus, como julgais que
seja, mas servo de Jesus Cristo, Filho de Deus vivo; foi em seu nome
que ressuscitei o filho de vosso rei; foi ele que me enviou a vós, para
vos pregar sua doutrina e vos trazer sua graça e salvação.” Palavras
que calaram fundo na alma dos etíopes. Foi elevado o número das
conversões. A Etiópia, na época, era um dos principais bastiões do
cristianismo.
A conversão da família real era fato consumado. A princesa
Efigênia, filha mais velha, faz voto de castidade perpétua. Com o
falecimento do rei Egipo, sobe ao poder o seu sobrinho Hirtaco.
Desejando fortalecer politicamente o reino, Hirtaco resolve despojar
Efigênia. Mas havia o impedimento: o voto proferido pela princesa.
Hirtaco exige a interferência e a autorização de São Mateus para
realizar os seus desígnios. Mateus se recusa, informando ao rei não ter
competência para envolver-se no caso, e consagra Efigênia a Deus.
Contestado em seu plano, e irado, Hirtaco dá ordens para a execução de
Mateus que celebra a santa missa, quando dele se aproximam os soldados e
executam a ordem real. Transcorria o ano 69 d.C, quando Mateus foi
assassinado.
Efigênia cumpriu seu voto. Fugiu acompanhada de várias moças
convertidas à fé cristã, internandose em um monastério. Sua vida foi
consagrada a Deus. Foi canonizada como Santa Efigênia. No ano de 930,
seus restos mortais foram transportados para Salerno (Itália), cidade
da qual é padroeira. São Mateus é representado na arte litúrgica por um
anjo segurando uma lança, uma moeda e uma pena. Sua festa é celebrada
no dia 21 de Setembro.
fonte: http://www.paroquiasaomateus.com.br/index.php/a-paroquia/padroeiro
Os dois pastorinhos - Maximin Giraud e Mélanie Calvat - tiveram
uma visão da Virgem Maria numa montanha perto de La Salette, França, a
19 de Setembro de 1846, por volta das três horas da tarde. Fazia muito
sol. Maximin Giraud e Mélanie Calvat haviam recebido apenas uma muito
limitada educação. A aparição consistia em três fases diferentes. As
crianças viram, numa luz resplandecente, uma bela dama em um estranho
costume, falando alternadamente francês e patois. Ela estava sentada
sobre uma pedra, e as crianças relataram que a "Belle Dame" estava
triste e chorando, com seu rosto descansando em suas mãos. A Bela
Senhora pôs-se de pé. E disse: "Vinde, meus filhos, não tenhais medo,
aqui estou para vos contar uma grande novidade!"
"Se meu povo não
se quer submeter, sou forçada a deixar cair o braço de meu Filho. É tão
forte e tão pesado que não o posso mais."
"Há quanto tempo sofro por vós."
"Dei-vos
seis dias para trabalhar, reservei-me o sétimo, e não me querem
conceder! É isso que torna tão pesado o braço de meu Filho."
"E
também os carroceiros não sabem jurar sem usar o nome de meu Filho. São
essas as duas coisas que tornam tão pesado o Seu braço."
"Se a colheita for perdida a culpa é vossa (...) Orai bem, fazei o bem."
"Se
a colheita se estraga, e só por vossa causa, Eu vo-lo mostrei no ano
passado com as batatinhas: e vós nem fizestes caso! Ao contrário, quando
encontráveis batatinhas estragadas, blasfemáveis usando o nome de meu
Filho. Elas continuarão assim e, neste ano, para o Natal, não haverá
mais."
Então, as crianças descem até a Bela Senhora. Ela não
parava de chorar. Segundo os relatos das crianças a Senhora era alta e
toda de luz. Vestia-se como as mulheres da região: vestido longo, um
grande avental, lenço cruzado e amarrado às costas, touca de camponesa.
Rosas coroavam sua cabeça, ladeavam o lenço e ornavam seu calçado. Em
sua fronte a luz brilhava como um diadema. Sobre os ombros carregava uma
pesada corrente. Uma corrente mais leve prendia sobre o peito um
crucifixo resplandecente, com um martelo de um lado, e de outro uma
torquês. Assim a Bela Senhora falou em segredo a Maximino e depois a
Melânia. E novamente, os dois em conjunto ouvem as seguintes palavras:
"Se se converterem, as pedras e rochedos se transformarão em montões de
trigo, e as batatinhas serão semeadas nos roçados" E a Bela Senhora
conclui, não mais em patois, e sim em francês: "Pois bem, meus filhos,
transmitireis isso a todo o meu povo." Terminou assim a aparição.
Segundo as crianças ela andava, mas as plantas de seus pés não esmagavam
a relva, quase não dobravam os talos. Mélanie correu e a contemplou de
novo lá no alto. E depois, segundo ela, viu o rosto e a figura da
Senhora desaparecendo à medida que a luminosidade aumentava.
fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Nossa_Senhora_da_Salete
A História de Nossa Senhora da Defesa Maria, Mãe do Nosso Senhor,
Mãe de Deus e da Igreja. É ela a estrela que precedeu a Luz do Mundo,
Jesus Cristo. A ela, devemos a vinda de Cristo à Terra. Privilegiada
pelas prerrogativas que Deus lhe concedeu, ela, a Virgem Maria
entrega-se totalmente à vontade do Senhor, mesmo sabendo que poderia
sofrer graves conseqüências, já que era noiva de José e, pelas leis da
época, ele poderia rejeitá-la, podendo até receber como castigo a morte
por apedrejamento. Sua pureza é tanta, que nunca questionou nenhuma das
provas impostas em sua vida. Como toda a humanidade, Maria tinha direito
à escolha, mas ela sempre dá seu sim a Deus, sendo a Imaculada, sem
pecado, toda pura. O mal não tem lugar em sua vida. Lá está ela , ao
lado de Jesus, em todos os momentos importantes de Sua vida, sem nunca
questionar a vontade do Pai, mesmo em momentos de grande dor, como o da
morte de seu Filho Jesus. Por sua fé e perseverança, ela recebe de
Cristo, ali mesmo, mais uma missão: a de ser a Mãe de toda humanidade.
"Eis tua mãe, Eis teu filho", diz Jesus designando João o Apóstolo, que
representa todo verdadeiro discípulo Seu. Maria é nossa mãe e portanto é
mãe da Igreja fundada por Jesus.
Muitos tiveram a felicidade de presenciar a aparição de Nossa Senhora.
E por causa dessas aparições, ou devido a intervenções especiais de
Maria, muitos nomes lhe foram dados. Assim, a Mãe de Cristo também é
venerada por nomes universalmente conhecidos como Nossa Senhora de
Lourdes, Nossa Senhora de Fátima e aqui no Brasil por Nossa Senhora
Aparecida. Além dos títulos recebidos através da liturgia, como Nossa
Senhora da Conceição, festa celebrada em 8 de dezembro, existem muitos
outros títulos dados de acordo com a piedade e a devoção do povo, que em
momentos de dor ou de necessidade, pedem por seu socorro e por sua
intercessão. Surgem assim, denominações como Nossa Senhora do Parto,
Nossa Senhora da Boa Viagem, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, entre
outras. Na Catedral de Ozieri, em Sassari, Itália, ela é venerada como
Nossa Senhora da Defesa. Segundo a história, durante o inverno, na época
das imigrações, um exército de godos invadiu a Bacia de Ampezzano, na
Itália. Os habitantes se reuniram para se defender. Ao se sentirem sem
defesa, como homens tementes a Deus, invocaram Nossa Senhora. Ela então,
apareceu num trono, sobre as nuvens, com uma espada na mão. Quando os
inimigos estavam prontos para atacar, Nossa Senhora desceu sobre o
lugar, onde se dava a batalha e as nuvens, que tinha debaixo de seus
pés, causaram uma escuridão tão grande, que os inimigos nada puderam
ver. Confundidos, entraram em luta contra si mesmos até se destruírem
por completo. A partir de então, Nossa Senhora recebeu mais um título, o
de Nossa Senhora da Defesa.
Fonte: Site oficial do Pe. Marcelo Rossi - Texto escrito por Yara Nunes Vieira Finco
Um dos títulos mais expressivos dados à Virgem Maria é o de
Rainha dos Mártires. Ele enseja reflexões profundas sobre a obra
redentora de Cristo e a co-participação de Maria na mesma. Além disto,
as lições da Senhora das Dores são valiosíssimas.
Santo Isidoro assevera que os mártires são testemunhas “porque
sofreram para dar testemunho de Cristo e lutarem até à morte pela
verdade”. Segundo a teologia, o martírio inclui a morte ou padecimentos
mortais que assemelham aquele que padece a Jesus Cristo, uma vez que o
móvel de tal sofrimento é sobrenatural. O amor a Deus é a essência
daquela atitude.
Grandes as tribulações que suportou Maria. A ela a Liturgia aplica
as palavras de Jeremias: “A quem te compararei, ou a quem te
assemelharei, ó filha de Jerusalém? A quem te igualarei, ó virgem,
filha de Sião? É grande como o mar a tua tribulação; quem poderá
curar-te”?
A intensidade das dores desta Senhora foi na proporção mesma de sua
imensa dileção para com seu divino Filho. Este era o Deus encarnado em
seu seio materno, bem infinito a quem ela duplamente amava. É este Ser
ao qual estava singularmente unida que ela contemplou entregue às
maiores dores físicas e morais que a uma criatura foi dado
experimentar.
Assim, com razão, ela é chamada Rainha dos Mártires. Seus
padecimentos foram todos morais e seu verdugo implacável o seu
terníssimo coração materno. Maria foi mártir não por paixão, mas por
compaixão; não pela espada de um carrasco, mas pela pujante angústia
interior, tão grande que, se não fora a graça divina, ela teria sido
fulminada em cada transe doloroso pelo qual passou.
As dores morais são muito mais cruéis do que as corporais.
A história registra a capacidade incrível que as pessoas têm para,
anos e anos, conviver com terríveis padecimentos físicos. A dor moral,
porém, quando aguda, ou leva à loucura ou causa fulminante morte.
Uma vez que Deus quis associar Maria à obra salvadora, Ele lhe deu o
suporte divino de sua força sobrenatural para que ela não
desfalecesse.
O papa Bonifácio IV, quando incorporou ao cristianismo, a 13 de
maio de 609, o antigo Panteão, o dedicou, apropositadamente, a Sancta
Maria ad Martyres.
Ela por que muito padeceu, se tornou co-redentora da humanidade.
Os teólogos que tratam deste aspecto da mariologia são unânimes em
frisar que os sofrimentos de Maria não eram absolutamente necessários à
redenção. No sentido próprio da palavra só Cristo é o Redentor do
mundo. Ele não precisa da cooperação de nenhuma criatura. Isto é ponto
pacífico. Entretanto, há uma palavra de São Paulo sumamente expressiva:
“Eu que agora me alegro nos sofrimentos por vós, e que completo na
minha carne o que falta ao sofrimento de Cristo pelo seu corpo, que é
Igreja”. Não obstante a paixão do Salvador ser dum mérito infinito, e
por isto completa, nada a lhe acrescentar os padeceres dos homens, o
Apóstolo mostra que se coisa alguma faltou a Jesus sofrer no seu
físico, no seu corpo místico, de que somos membros, há algo a ser
completado pelo sofrimento. Deste modo, num sentido subordinado e
participativo existe uma cooperação com o Salvador na redenção do
mundo. É neste aspecto que, como ninguém, Maria co-participou. Suas
tribulações não têm similar nos anais dos povos. Adite-se que ela é
co-redentora também neste sentido de que, por desígnios imperscrutáveis
de Deus, ela foi incluída no plano soteriológico. Dela, de fato,
recebeu Cristo a natureza humana e dela se fez dependente em uma parte
de sua vida. As atribulações desta Senhora, conseqüência inevitável de
sua maternidade divina, se inserem então, de modo peculiar, no processo
salvífico. O Todo-Poderoso, realmente, não iria permitir tantos
desgostos sem motivos especiais. Seriam inteiramente ilógicos os
dissabores e desares desta Mulher bendita se estes não tivessem uma
destinação superior. O Pe. Faber declara: “Sendo, pois, simultâneas a
Compaixão de Maria e a Paixão de Jesus, ou melhor dizendo, sendo aquela
uma parte integrante desta, participa de seu caráter de sacrifícios e
de expiação, e isto de modo e em grau singulares e incomunicáveis a
qualquer padecimentos expiatórios dos santos. A Paixão foi o sacrifício
de Jesus Cristo na Cruz e a Compaixão foi o sacrifício de Maria ao pé
da Cruz, sua oferenda ao Eterno Pai, oferenda de uma criatura sem
pecado, consumada para expiar culpas alheias”.
A compaixão de Maria por vontade de Deus integrou a Paixão de
Cristo. Suas aflições não foram um mero ornato nos passos atribulados
de seu Filho. Não foram sem sentido. Se Deus as permitiu é porque, como
soe acontecer na ordem universal, havia uma destinação sublime a
tantos padeceres.
Pelo Evangelho se sabe de momentos cruciais para Maria, nos quais
as fibras mais sensíveis de seu coração perceberam angústias
horripilas.
Considerá-las é haurir preciosas lições.
Fonte: e para ler mais sobre as 7 dores de Nossa Senhora: http://www.catequisar.com.br/texto/colunas/pewagner/102.htm
Invenção da Santa Cruz: Depois da morte de Jesus Cristo Nosso
Senhor, os primeiros cristãos se dispersaram, tangidos pela perseguição.
E quando conseguiram reorganizar-se, em Jerusalém, ninguém mais sabia
onde se encontrava a Cruz de madeira, em que Ele morreu. Passaram-se
assim mais de 300 anos. Já havia cristãos pelo mundo todo e, havia o
desejo imenso de conhecer de perto o instrumento material da morte de
Nosso Senhor.
A mãe do Imperador Constantino, Santa Helena, com os recursos que
tinha, conseguio localizar a verdadeira Cruz, identificada por milagres
que aconteceram no dia da sua “invenção” quer dizer no dia do seu
encontro. Os cristãos ainda mais intensificaram sua espiritualidade e
devoção à Cruz de Nosso Senhor. A Igreja orientava e estimulava, mas
surgiram no meio do povo muita outras orações e celebrações voltadas
para a paixão, tendo a cruz como centro.
Assim foi que surgiu também, não se sabe quando, mas certamente
muitos anos atrás, a Devoção e o Exercício da Invenção da Santa Cruz.
Esta se realiza no dia 2 e 3 de maio. Esta é realmente um exercício
penitencial e ao mesmo tempo uma profissão de fé. No dia 02 faz a
preparação rezando cem ave-maria manifestando a nossa devoção a mãe de
Jesus e no dia 03 faz-se o exercício penitencial e a profissão de fé.
Esse exercício espiritual em que ajoelhamo-nos, beijamos o chão,
persiginamo-nos e rezamos cem (100) ave-maria nós reconhecemos a nossa
condição de pecadores, a grandeza e a misericórdia de Deus e nos
comprometemos a viver de acordo com o projeto de Deus renunciando a
Satanás e a todas as suas seduções.
Oração que orienta o exercício Inventório da Santa Cruz:
"Nos campos de Caifás com o inimigo da Cruz encontrarás, arreda e
afasta-te de mim satanás tu comigo não tens conta deixa minha alma
passar em paz porque no dia da invenção da Santa Cruz cem vezes me
ajoelhei, cem vezes o chão beijei, cem vezes me levantei, cem vezes me
persignei pelo sinal da Santa Cruz livrai-nos Deus nosso Senhor dos
nossos inimigos, cem ave-maria rezei cem na véspera e cem no dia me
recomendando a Deus e a Virgem Maria, ave-maria cheia de graças o
Senhor é convosco bendita sois vós entre as mulheres, bendito é o fruto
do vosso ventre Jesus. Santa Maria mãe de Deus rogai por nós pecadores
agora e na hora de nossa morte. Amém. Cem vezes o cão arreneguei.
Arrenego de ti satanás".
Embora de origem popular, esta devoção e este exercício penitencial
seguem bem de perto a linha da espiritualidade do povo cristão,
sobretudo entre nós no século passado. Foi o tempo em que se valorizava
mais o sentido da penitência corporal, buscando na paixão de Nosso
Senhor o seu paradigma. Era o sentido da expiação dos pecados pelo
sofrimento, Nosso Senhor "pagando" pelos nossos pecados, tirando o
pecado do mundo. E isto em luta aberta contra o demônio que escraviza o
mundo justamente por este mesmo pecado. Era certamente a ressonância
da pregação missionária do tempo, voltada sobretudo para a mortificação
dos sentidos, e uma viva consciência da ação do demônio, pela
tentação. E que ainda lembra a própria fórmula do batismo, quando
expressamente se faz renuncia ao demônio e as suas seduções.
Festa da Exaltação da Santa Cruz: Esta realiza-se do dia 05 ao dia
14 de setembro. Esta é a maior festa do Santuário marcada pela
espiritualidade do despojamento de um Deus que assumiu nossa condição
humana e se entregou por amor, aceitando ser pregado e morrer na cruz
mas que ressuscitou vencendo a morte garantido-nos assim a
ressurreição.
ORIGEM DA FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ
A festa litúrgica que se celebra em 14 de Setembro, chama-se a
Exaltação da Santa Cruz, e chamava-se no rito Romano o Triunfo da
Santa Cruz. Esta celebração evoca dois factos históricos :
1) O imperador Constantino mandou construir em Jerusalém uma
basílica no Gólgota e outra no Sepulcro do Cristo ressuscitado.
A dedicação dessas basílicas realizou-se em 13 de Setembro de 335.
No dia seguinte, 14, lembrou ao povo o significado profundo das
duas basílicas, mostrando o que restava do lenho da cruz do Salvador.
Daqui nasceu a celebração deste acontecimento no dia 14 de Setembro que ainda existia em Roma no século VII.
2) Heráclio venceu os persas em 630, e o imperador arrebatou as
relíquias da Cruz, que foram solenemente levadas para Jerusalém.
Desde então a Igreja celebra neste dia 14 de Setembro o dia do
Triunfo da Santa Cruz, que é instrumento e sinal da nossa salvação.
O uso litúrgico que requer a Cruz próxima do altar quando se
celebra a Missa, representa uma evocação da figura bíblica da serpente
de bronze que Moisés elevou no deserto; Contemplando-a, os hebreus, que
atravessavam uma crise de fé, voltavam-se para Deus, reconheciam a
omnipotência divina e, mordidos pelas serpentes, eram curados.
INVENÇÃO DA SANTA CRUZ
Associado com Constantino na promoção de objectos sagrados, num
lugar de maior importância está sua mãe, Helena, zelosa promotora do
Cristianismo.
Em 326, já com cerca de 70 anos, foi para Jerusalém.
Enquanto esteve em Jerusalém, fundou igrejas em lugares que se
presumiam de maior importância, por se relacionarem com a vida de Jesus.
Foi ela que, com a ajuda de alguns cristãos, descobriu o lugar que
se chamava o Gólgota e a cave onde Jesus tinha sido sepultado.
Aí edificaram uma Basílica em 335, da qual há apenas algumas ruínas.
A que hoje existe, a Basílica do Santo Sepulcro, data do século XII.
As obras de Helena fizeram de Jerusalém um centro de grandes peregrinações.
Segundo uma lenda, Helena teria descoberto dentro da mesma cave
algo de mais importante que o lugar da sepultura, a cruz de Jesus.
É por isso que se chama a Invenção ou o encontro da santa cruz.
Isso teria sido, segundo a tradição, em 3 de Maio de 326.
Segundo uma versão desta história, foram encontradas três cruzes e,
para determinar qual seria a verdadeira de Jesus, Helena colocou um
corpo morto sobre a primeira e nada aconteceu; colocou-o sobre a segunda
e nada aconteceu; colocou-a sobre a terceira e o corpo ganhou vida,
pelo que Helena teria concluído que era essa a verdadeira cruz de
Jesus.
Helena guardou pedaços dessa cruz e alguns cravos.
Com intenção de proteger a sua nova cidade - Constantinopla -
Constantino, mandou colocar dentro de uma estátua sua, os pedaços da
Cruz de Jesus, e com os cravos mandou preparar as amarras do seu
capacete.
Mais 350 relíquias da cruz de Jesus foram enviadas para muitas Igrejas do Império Romano.
Como consequência destas tradições cristãs, desenvolveram-se outras que se prolongaram pelos séculos.
O sinal da cruz que fazem os cristãos sobre a sua testa é um ato de fé no poder da cruz.
A vitória de Constantino contra Maxêncio sobre a ponte de Milvian,
foi atribuída à cruz que na véspera viu Constantino com estas palavras
in hoc signo vinces (por este sinal vencerás).
Durante muito tempo se celebrou na Igreja a festa da Invenção da
Santa Cruz em três de Maio e ao Brasil se chamou a Terra da Vera Cruz,
por ter sido avistada em 22 de Abril de 1500 e provavelmente se teriam
feito os primeiros desembarques em 3 de Maio, o que mostra que já nessa
altura era bem conhecida a festa da Santa Cruz porque já se celebrava
em Portugal, ou Invenção da Santa Cruz.
Presentemente celebra-se a festa da Exaltação da Santa Cruz em 14 de Setembro.
fonte: http://santuariosantacruz.org/festas/
A devoção à Santíssima Virgem sob o título de Nossa Senhora da
Penha de França começou no século XV na Europa. Conta o Pe. Colunga em
seu livro "Nuestra Señora de Peña de Francia", que o peregrino francês
Simão Vela, em 19 de maio de 1434, descobriu em Penha de França monte
situado na serra do mesmo nome, na província de Salamanca a imagem de
Nossa Senhora, tão importante para a cristandade.
Há uma tradição popular que diz ter sido o peregrino Simão Vela,
recolhido num convento franciscano na aldeia de Puy e que ouvia sempre,
em seus êxtases, uma voz que lhe dizia: "Simão, vela e não durmas" o
qual passou a ter o sobrenome com que se tornou conhecido: Simão Vela.
Simão partiu e depois de cinco anos, descobriu a imagem que fora
deixada por soldados franceses ao se esconderem naquele monte quando
combatiam contra os muçulmanos.
Conta-se que o primeiro milagre ocorreu no local onde foi
encontrada a imagem, quando um grupo de fugitivos foi perseguido por
bandoleiros. Depois de terem invocado Nossa Senhora da Penha, viram-se
livres de seus inimigos. Esse fato tornou-se muito conhecido e
espalhou-se rapidamente. Seu eco atravessou a fronteira chegando até
Guimarães, cidade do Minho (Portugal), onde a imagem passou a ser
venerada. O próprio rei de Portugal, Dom Sebastião tendo alcançado a
cura de uma grave doença por intermédio de Nossa Senhora da Penha,
mandou erguer uma igreja em seu louvor, na cidade de Lisboa, em sinal
de gratidão e devoção à Mãe de Deus e nossa. Hoje é uma das grandes
paróquias da capital portuguesa.
No Brasil, consta, em fontes diversas, que a primeira ermida em
louvor a Nossa Senhora da Penha foi erguida em Vila Velha, antiga
capitania do Espírito Santo, entre os anos de 1558 e 1570, por Frei
Pedro Palácios, natural da Espanha, irmão leigo da Ordem dos
Franciscanos, que era grande devoto de Nossa Senhora.
A segunda ermida surgiu após a fundação da Fazenda Grande ou de
Nossa Senhora da Ajuda, na freguesia de Irajá, no Rio de Janeiro.
Tudo começou no início do século XVII, por volta do ano de 1635,
quando o Capitão Baltazar de Abreu Cardoso ia subindo o Penhasco
(grande pedra) para ver as suas plantações, uma vez que era
proprietário de toda a área no entorno do atual Santuário. De repente
foi atacado por uma enorme serpente. Baltazar, que era devoto de Nossa
Senhora, quando se viu só e incapaz de se defender, pediu socorro a
Nossa Senhora gritando: "Minha Nossa Senhora, valei-me!". Nesse preciso
momento surgiu um lagarto inimigo das serpentes, e travou-se uma luta
mortífera entre os dois animais. Baltazar por sua vez, não perdeu tempo
e fugiu.
Depois de se recuperar do susto, Baltazar reconheceu que o lagarto
apareceu precisamente no momento em que ele pediu a proteção da Virgem
Maria. Agradecido, por tão importante gesto maternal, Baltazar
construiu uma pequena capela onde pôs uma imagem de Nossa Senhora. Se
antes o Capitão Baltazar subia o penhasco para ver as suas plantações, a
partir daí passou a subir também para agradecer tão primoroso gesto de
carinho que a Mãe do Céu teve para com ele. Assim como ele, também os
seus parentes, amigos e vizinhos e até mesmo pessoas curiosas, que à
distância viam a pequena capela, passaram a subir a grande pedra (daí
vem a palavra Penha) uns para pedir e outros para agradecer graças
alcançadas por intercessão da Senhora do alto do Penhasco – Penha. De
tanto as pessoas dizerem: vamos à Penha visitar Nossa Senhora, passaram
a dizer: vamos visitar Nossa Senhora da Penha.
A devoção à Nossa Senhora da Penha foi se espalhando e cada vez era
maior o número de pessoas que visitavam este lugar sagrado e
encantador. Umas para pedir e outras para agradecer a sua intercessão.
O capitão Baltazar doou todas as suas propriedades a Nossa Senhora
da Penha, havia necessidade, porém, que alguém, com crédito,
administrasse responsavelmente esse patrimônio. Foi criada então a
Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Penha no ano de 1728 a qual com
muito zelo e dedicação demoliu a primeira capela - muito pequena - e
construiu outra, com uma torre onde foram colocados dois pequenos
sinos.
Mais tarde, no ano de 1870, foi demolida esta capela e construído
no seu lugar um novo templo: uma igreja com uma torre e novos sinos.
Por volta do ano de 1900 houve uma nova intervenção. O templo foi
ampliado, ganhando duas novas torres, nas quais, mais tarde, foi
instalado um carrilhão com 25 sinos de origem portuguesa, adquiridos na
Exposição Nacional do 1º Centenário da Independência do Brasil. Este
Carrilhão foi inaugurado em 27 de setembro de 1925 com a bênção do então
Núncio Apostólico no Brasil, Cardeal Dom Henrique Gasparri.
fonte: http://www.santuariopenhario.org.br/?secao=15256&categoria=15300&id_noticia=49891
Nossa Senhora da Luz, Nossa Senhora da Candelária, Nossa Senhora
das Candeias, Nossa Senhora da Apresentação e Nossa Senhora da
Purificação são títulos sinônimos pelos quais a Igreja Católica venera a
Virgem Maria. Sob essas designações, é particularmente cultuada em
Portugal, apesar de o surgimento do culto ter sido nas Ilhas Canárias,
na Espanha.
A origem da devoção à Senhora da Luz tem os seus começos na festa
da apresentação do Menino Jesus no templo e da purificação de Nossa
Senhora, quarenta dias após o seu nascimento (sendo celebrada, portanto,
no dia 2 de Fevereiro). De acordo com a lei mosaica, as parturientes,
após darem à luz, ficavam impuras, devendo inibir-se de visitar o
Templo de Jerusalém até quarenta dias após o parto; nessa data, deviam
apresentar-se diante do sumo-sacerdote a fim de apresentar o seu
sacrifício (um cordeiro e duas pombas) e, assim, purificar-se. Desta
forma, José e Maria apresentaram-se diante de Simeão para cumprir o seu
dever. Este, depois de lhes ter revelado maravilhas acerca do filho
que ali lhe traziam, teria-lhes proferido a Profecia de Simeão:
''Agora, Senhor, deixa partir o vosso servo em paz, conforme a Vossa
Palavra. Pois os meus olhos viram a Vossa salvação que preparastes
diante dos olhos das nações: Luz para aclarar os gentios e glória de
Israel, vosso povo'' (Lucas 2:29-33).
Com base na festa da apresentação de Jesus/purificação da Virgem,
nasceu a festa de Nossa Senhora da Purificação; do cântico de São
Simeão (conhecido pelas suas primeiras palavras em latim: o Nunc
dimittis), que promete que Jesus será a luz que irá aclarar os gentios,
nasce o culto em torno de Nossa Senhora da Luz/das Candeias/da
Candelária, cujas festas eram, geralmente, celebradas com uma procissão
de velas, a relembrar o facto.
Aparição
A Virgem da Candelária ou Luz teria, segundo a lenda, aparecido em
uma praia na ilha de Tenerife, nas Ilhas Canárias, na Espanha, em 1400.
Os nativos guanches da ilha teriam ficado com medo e tentado atacá-la,
mas suas mãos teriam ficado paralisadas. A imagem teria sido guardada
em uma caverna, onde, séculos mais tarde, foi construído o Templo e
Basílica Real da Candelária (em Candelária). Mais tarde, a devoção se
espalhou pela América. É santa padroeira das Ilhas Canárias, sob o nome
de Nossa Senhora da Candelária.
Invocação e expansão do culto
Nossa Senhora da Luz era tradicionalmente invocada pelos cegos
(como afirma o padre António Vieira no seu "Sermão do Nascimento da Mãe
de Deus": "Perguntai aos cegos para que nasce esta celestial Menina,
dir-vos-ão que nasce para Senhora da Luz [...]"), e tornou-se
particularmente cultuada em Portugal a partir do início do século XV;
segundo a tradição, deve-se a um português, Pedro Martins, muito devoto
de Nossa Senhora, que teria descoberto uma imagem da Mãe de Deus por
entre uma estranha luz, no sítio de Carnide, no termo de Lisboa. Aí, se
fundou, de imediato, um convento e igreja a ela dedicada, que conheceu
grande incremento devido à ação mecenática da infanta dona Maria,
filha de dom Manuel I e sua terceira esposa, dona Leonor de Áustria.
A partir daí, a devoção à Senhora da Luz cresceu e, com a expansão
do Império Português, também se dilatou pelas regiões colonizadas, com
especial destaque para o Brasil, onde é a santa padroeira da cidade de
Curitiba, capital do Paraná (veja-se a lenda de Nossa Senhora da Luz),
Guarabira/Paraíba, Pinheiro Machado/Rio Grande do Sul, Itu/São Paulo,
Indaiatuba/São Paulo e Corumbá/Mato Grosso do Sul. Em Juazeiro do Norte,
no Ceará, ocorre, todos os anos, uma grande romaria em sua homenagem.
fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Nossa_Senhora_da_Luz
A imagem da Virgem da Candelária já estava na ilha de Tenerife,
Arquipélago da Ilhas Canárias, antes de sua conquista. Segundo o Padre
Espinosa, foram dois pastores de Güimar que a acharam sobre uma rocha,
na praia de Chimisay.
A pesquisadora Nilza Botelho Megale em seu livro "Invocações da
Virgem Maria no Brasil", apresenta um excelente resumo da história da
chegada desta devoção ao Rio de Janeiro e também sobre o aparecimento
da imagem da Candelária em Tenerife:
"Contam que, por volta de 1400, dois pastores guardavam seus
animais perto de uma caverna na ilha de Tenerife, nas Canárias, e
observaram certo dia que o gado se recusava a entrar na lapa, apesar de
todos os seus esforços. Penetraram, então, na gruta e descobriram a
imagem de uma Senhora com o filho ao colo. Estranhando o ocorrido,
foram notificar o seu povo. Acudindo a população, inclusive o rei do
país, ao local, observaram maravilhados a existência de numerosas
candeias (velas) sustentadas por seres invisíveis, que com seus
cânticos 'ensinavam a maneira de render culto a Deus e à Virgem Maria.
Começaram os nativos a honrar Aquela que amavam sem conhecer, até que
um cristão espanhol casualmente ali desembarcou nos fins do século XV e
explicou-lhes o mistério".
Santuário de Nossa Senhora da Candelária em Tenerife
A imagem original desapareceu no dia 17 de novembro de 1826 devido a
uma inundação provocada por uma forte chuva que carregou um barranco
que circundava o Santuário. Era entalhada em madeira dourada e
policromada. Sua altura era de um metro.
O Menino se encontrava em seu braço direito e o esquerdo trazia uma
candeia de cor verde. Várias representações em quadros permitem
conhecer suas formas antes de seu desaparecimento.
É provável que a imagem tenha chegado à Ilha na metade do século
XV, trazida por missionários franciscanos. A imagem atualmente venerada
é obra do artista Fernando Estévez, que a esculpiu em 1827.
A imagem de Nossa Senhora da Candelária é igual à de Nossa Senhora das Candeias, da qual é variante.
fonte: http://www.prestservi.com.br/diaconoalfredo/titulos_maria/c/candelaria.htm
Frederico Ozanam nasceu a 23 de Abril de 1813, em Milão
(Itália). Filho de Jean-Antoine, médico prestigioso, cuja fama
profissional não o impedia de assistir doentes indigentes, com o mesmo
cuidado e afabilidade reservados aos pacientes da alta condição social,
e de Marie Ozanam, também dedicada à assistência dos pobres e
enfermos. Frederico respira desde o nascimento o profundo espírito de
caridade compartilhado pelos seus pais.
Depois de uma infância muito protegida em Lião, Frederico entra no
colégio em 1822 para começar os estudos secundários. Estudante
brilhante e leitor insaciável, aos 17 anos conhece várias línguas:
grego, latim, italiano e alemão, e inicia um curso de hebraico e
sânscrito. De espírito sensível e preocupado, é apaixonado pelo estudo
da Filosofia, consumindo-se com frequência numa investigação
existencial e espiritual, que jamais abandonará.
Em 1831, Frederico, erudito jovem de província, chega a Paris para
estudar na Sorbona. Em pouco tempo converte-se num assíduo frequentador
dos ambientes intelectuais (entre os quais o salão de Madame Récamier)
e começa a colaborar com jornais e revistas. Apesar da sua timidez e
do comportamento simples, emergem com clareza tanto a sua profunda
humanidade como o seu rigor moral: a sua imensa cultura, as suas
opiniões actualizadas e o seu catolicismo empenhado tornam-no
rapidamente uma personalidade relevante. Frederico dedica a sua
formidável eloquência a moderar os debates sobre religião e política,
num círculo literário estudantil chamado «Conferência de história», do
qual é porta-voz. Certa tarde, depois de sair vencedor de um debate com
um estudante socialista sobre o compromisso social dos católicos,
anuncia a um amigo a intenção de realizar finalmente um projecto, que
há tempo lhe era muito querido: uma «Conferência de caridade», uma
associação de beneficência para a assistência dos pobres, «a fim de pôr
em prática o nosso catolicismo».
Desta maneira, em Maio de 1833, com apenas 20 anos, Frederico funda,
juntamente com seis companheiros, as Conferências de São Vicente de
Paulo: «na época borrascosa em que nos encontramos, escreve ao seu
amigo Ferdinand Velay, é bonito assistir à formação, acima de todos os
sistemas políticos e filosóficos, de um grupo compacto de homens
decididos a usar todos os seus direitos como cidadãos, toda a sua
influência, todos os seus estudos profissionais, para honrar o
catolicismo em tempos de paz e defendê-lo em tempos de guerra». Nenhum
dos seus jovens fundadores podia imaginar o desenvolvimento que
alcançaria esta pequena Sociedade benéfica, à qual Frederico se
dedicaria, daí por diante, sem jamais poupar esforços.
Doutor em Direito (1836) e depois em Letras (1839), Ozanam inicia
uma brilhante carreira universitária que o levará, em 1844, a tornar-se
o titular da cátedra de Literatura Estrangeira na Universidade da
Sorbona e a viver sem reservas a sua profunda vocação ao magistério.
Em 1841 casa-se com a jovem Amélie Soulacroix. Frederico Ozanam é,
portanto, um homem profundamente inserido no seu tempo. Marido e pai,
professor e literato, leigo comprometido, vive as diferentes dimensões
da sua existência, com a mesma paixão e generosidade: vai pessoalmente
aos bairros pobres de Paris e de outras cidades, promove a expansão das
Conferências vicentinas no mundo, publica escritos históricos e
literários, luta pela liberdade civil, política e religiosa, sofrendo
pelos contrastes que dividem o mundo católico em facções políticas
opostas, e tendo um coração cheio de ternura para com Amélie e Marie,
sua filha. O seu caminho espiritual, sempre atormentado, conhece altos e
baixos: Frederico julga não fazer o suficiente, e pede ao Senhor que o
ajude a ser melhor, luta contra o orgulho até se esquecer do próprio
valor.
Os primeiros sintomas do que seria uma grave infecção renal,
confundida com uma enfermidade pulmonar, que o levaria lenta e
dolorosamente a uma morte prematura, chegam-lhe de surpresa em 1846. Na
tentativa de recuperar a saúde, Frederico passa algum tempo com a
família na Itália, e é recebido em audiência por Pio IX. De retorno a
Paris, Ozanam continua a dedicar-se, de corpo e alma, ao serviço dos
seus alunos, ao jornal «Ere nouvelle», com o qual colaborou na sua
fundação, aos pobres e aos trabalhadores.
A revolução de 1848 e o feroz debate no mundo político e católico só
tornarão piores as suas condições de saúde. Em 1849, depois de ter
sofrido um segundo ataque agudo do mal que o estava minando, Frederico
começa a estar consciente do triste pressentimento. As suas actividades
continuam de modo frenético. O seu anseio de conhecer e de participar
leva-o a ignorar a dor física e, por vezes, até mesmo os conselhos dos
médicos. Em Maio de 1853, de novo na Itália por motivo de saúde, a
braços com a angústia de em breve ter que deixar os seus entes
queridos, os sucessos profissionais e os debates políticos, mas pronto
ao sacrifício, dirige-se a Deus: «Senhor, quero o que Tu queres, quero
como o queres e por todo o tempo que o quiseres, quero-o porque Tu o
queres».
Frederico Ozanam morreu na noite de 8 de Setembro de 1853, em
Marselha, rodeado dos seus entes mais queridos, depois de uma agonia
longa e dolorosa.
Este é o modelo de apóstolo leigo, erudito, empenhado e dedicado ao
serviço dos mais pobres, que a Igreja apresenta a todos os fiéis, mas
sobretudo aos jovens, durante a Missa presidida por João Paulo II, no
dia 22 de Agosto, em Paris, na qual é beatificado Frederico Ozanam.
Digno de nota é o caso da cura milagrosa de uma criança brasileira,
de apenas dezoito meses, afectada de uma grave forma de difteria, que
nos primeiros dias de Fevereiro de 1926, em Nova Friburgo (RJ), obteve a
graça por intercessão do Servo de Deus Frederico Ozanam. Esta cura foi
reconhecida pela Junta médica da Congregação para as Causas dos Santos
a 22 de Junho de 1995, e confirmada de modo unânime pelos Consultores
teólogos, na reunião de 24 de Novembro do mesmo ano.
fonte: http://www.vatican.va/news_services/liturgy/saints/ns_lit_doc_19970822_ozanam_po.html