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HISTÓRIA DE SÃO ROQUE
Muitas informações sobre a biografia de São Roque são desconhecidas, inclusive seu verdadeiro nome. Roch (em português Roque) era o nome de família.
Há enorme variação nas datas apontadas para o seu nascimento e morte, chegando a variar de 1295 a 1350 a data de nascimento, e 1327 a 1390 a da morte.
Nascido em Montpellier, na França o menino Roque era filho de João, rico mercador, que exercia também cargo no governo, e sua de mulher Libéria, mãe dedicada e apaixonada pelo sobrenatural. A familia circulava entre a nobreza da cidade, sendo Roque herdeiro único de considerável fortuna.
Conta a lenda, que Roque teria nascido com um sinal em forma de cruz avermelhada na pele do peito, predestinando à santidade.Ficou órfão de pai e mãe muito jovem, tendo sua educação confiada a um tio. Iniciou o curso de medicina, mas não conluiu os estudos.
Desde cedo praticando a caridade para com os menos afortunados, ao atingir a maioridade, por volta dos 20 anos, resolveu distribuir seus bens aos pobres, deixando uma parte de sua herança, confiada ao tio. Em seguida, partiu em peregrinação para Roma. Chegando à cidade de Acqupendente, encontrou-a em caos, causado pela grande epidemia de Peste Negra que dizimou centenas de pessoas. Roque ofereceu-se para assistir aos doentes, realizando as primeiras curas milagrosas, usando apenas um escalpelo e o sinal da cruz. Visitou Cesena, Mântua, Modena, Parma e muitas outras cidades vizinhas. Onde surgia um foco de peste, lá estava Roque ajudando e curando, enquanto todos diziam: “Onde está o santo de Deus, ninguém mais morre.”
Após anos de abnegação e orações diárias sobre o túmulo de São Pedro em Roma, onde também curou vitimas da peste, retornava a Montpellier, mas chegando a Piacenza foi contagiado pela doença. Sem forças para continuar sua bela obra, e para não contagiar outras pessoas, isolou-se em uma floresta próxima daquela cidade, instalando-se em uma caverna. Teria morrido de fome se não encontrasse ele em um cão, o amigo fiel que lhe trazia diariamente um pão, e se da terra não tivesse nascido uma fonte de água, com a qual matava a sede. Em harmonia com a natureza, contando com a presença sobrenatural da mata e seus moradores, e com sua fé profunda, curou-se milagrosamente.
O cão pertencia a um rico homem, Gottardo Pollastrelli, que ao perceber a presença de Roque, ajudou-o, sendo convertido a emendar a sua má vida. Roque regressou a Montpellier, e infelizmente encontrou a França em guerra. Foi preso, confundido como espião e levado diante do governador, que alguns biógrafos afirmam que seria seu tio materno, que não o reconheceu.
Sem protestos, passou aproximadamente 5 anos na prisão até morrer esquecido por todos, mas feliz por ter sua vida alguma semelhança com a de Cristo. Foi reconhecido depois de morto pela cruz que tinha marcada no peito, e a fama da sua santidade rapidamente se espalhou por todo o sul da França e pelo norte da Itália. Tendo como primeiro milagre póstumo a atribuição da cura do seu carcereiro, Justino, que coxeava e ao tocar com a perna no corpo de Roque, para verificar se estava realmente morto, teve sua perna milagrosamente curada.
Embora sem provas consubstânciais, afirma-se que Roque pertencia à Ordem Terceira de São Francisco. É invocado em casos de epidêmia, popularizando-se como protetor contra a peste e padroeiro dos inválidos e cirurgiões. Celebramos seu dia em 16 de agosto.
fonte: http://www.associacaosaoroque.org.br
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